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Um palco a servir de escola

Crianças de Paialvo, Tomar, arriscam-se a começar as aulas na sociedade filarmónica

As 31 crianças do jardim de infância e primeiro ciclo da escola de Paialvo correm o risco de iniciar o ano lectivo nas instalações da Sociedade Filarmónica Paialvense. Tudo porque as obras previstas no velho edifício escolar só agora vão começar.

O atraso nas obras da velha escola primária de Paialvo, concelho de Tomar, poderá fazer com que as 31 crianças inscritas no próximo ano lectivo – 20 no jardim de infância e 11 no primeiro ciclo – comecem as aulas nas instalações da Sociedade Filarmónica Paialvense.No dia seguinte ao final de aulas do ano lectivo 2003/2004, as professoras da escola foram pressionadas pelos serviços camarários a encaixotarem todo o material didáctico com a justificação de que a autarquia tinha urgência em começar as obras de renovação do edifício. Afinal as obras só agora irão arrancar, após atrasos na abertura do concurso e na assinatura do contrato de adjudicação. Há cerca de um mês, prevendo já o “deslizamento” temporal das obras, os responsáveis municipais pelo sector da educação contactaram a Sociedade Filarmónica Paialvense para aferirem da possibilidade de cedência das instalações. Uma forma de garantir que as crianças possam ter aulas na abertura do próximo ano lectivo.Maria do Rosário Simões, responsável pelo serviço de educação da Câmara de Tomar, afirmou ao nosso jornal estar convicta de que as obras ficarão prontas a tempo para o início das aulas, “se as coisas correrem bem”. “A intervenção vai mexer com os esgotos, a canalização e a electricidade e não se sabe o que o empreiteiro vai encontrar, já que são instalações antigas”, referiu Maria do Rosário Simões.Com a cedência das instalações da Sociedade Filarmónica há pelo menos a garantia de as crianças iniciarem o ano lectivo na altura prevista. Embora numa situação provisória e algo caricata.A professora do primeiro ciclo vai passar a dar as aulas em cima de um palco, enquanto a educadora de infância ficará com parte do recinto de baile, onde será montada uma divisão provisória de modo a que os músicos da filarmónica fiquem com espaço para os ensaios.As escadas de acesso ao palco levarão também uma protecção para impedir alguma queda. Mas o palco não terá qualquer protecção. Maria do Rosário Simões considera não haver perigo porque as crianças “já são mais crescidas”.Mas só a 31 deste mês é que a Câmara de Tomar saberá se é mesmo necessário esta alternativa. “As obras vão iniciar-se no final desta semana e no final do mês já se terá uma ideia do seu andamento”, referiu a responsável do gabinete de educação da autarquia. Segundo o caderno de encargos do concurso, a empresa de construção Alpeso tem 30 dias para fazer a intervenção no edifício.

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