uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Capital do vinho mostra a sua alma

Capital do vinho mostra a sua alma

Produtores e Câmara do Cartaxo no W-Shopping de Santarém

Oito produtores de vinho da região vitivinícola do Cartaxo deram a provar os seus melhores néctares quinta-feira, no W-Shopping, em Santarém, numa acção designada “Alma do Vinho”. As provas de vinho para os visitantes daquela superfície comercial estendem-se até 5 de Abril.

A Câmara do Cartaxo e a rede W-Shopping vão continuar a colaborar na divulgação dos melhores vinhos daquela região. Na quinta-feira, 24 de Março, sete tintos e um branco das casas mais importantes foram provados e degustados por enólogos, jornalistas e convidados.O produtor Luís Ramos, da casa Joanicas, apresentou um Chardonnay branco 2004 e suscitou alguma discussão entre os seus congéneres, ao retomar o conceito de carrascão para definir a tradição da produção cartaxense. Palavra que, segundo outros produtores, deve sair do vocabulário vitivinícola da região por possuir uma conotação negativa.Carrascão ou vinhão, cada vinho foi apresentado por produtores e enólogos. Algumas dezenas de convidados tomaram o gosto aos vinhos Quinta do Falcão DOC reserva 2003 (Joaquim Pedro Monteiro), Quinta da Amoreira colheita seleccionada 2002 (João Lopes Aleixo), Sociedade Agrícola Vale de Fornos - IM DOC 001 (Graciete Monteiro), Bridão Cabernet Sauvignon 2001, da Adega Cooperativa do Cartaxo (Pedro Gil), do Terra Silvestre DOC reserva 2001, da Agro-Bataréu (João Silvestre), e Quinta da Lapa DOC reserva 2002 (Carlos Sardinha). Com a particularidade destes dois últimos serem provenientes de Aveiras de Cima e de Manique do Intendente, ambos no concelho de Azambuja, mas que integram a sub-região vitivinícola do Cartaxo. Mais encorpados, cujo sabor fica na boca, ou mais suaves, mais ou menos alcoólicos, frutados ou com travo a madeira, são vinhos que, segundo os seus produtores, podem concorrer com os melhores a nível nacional.Com 95 por cento da produção canalizada para o mercado externo, a DFJ Vinhos é considerada uma das empresas do ano no sector vitivinícola, tendo conquistado já 22 medalhas no International Wine Challenge, em 2004.Para o seu produtor e enólogo, José Neiva Correia, o Ribatejo é uma região com potencialidades que pode produzir tanta ou mais qualidade que no resto do país, a preços baixos e posicionando-se bem nos mercados internacionais. “Há que promover mostras e provas de vinhos com os líderes de opinião e apostar no marketing para dar a conhecer o produto. A DFJ Vinhos apostou no Reino Unido, o mercado mais importante, que é meio caminho para se ter sucesso. A empresa vende lá 48 por cento dos nossos vinhos”, referiu o empresário a O MIRANTE.Opinião semelhante mas vinda de um campo diferente manifestou o director da revista O Escanção, Santos Mota, que considerou que o vinho do Cartaxo e do Ribatejo só fica a ganhar com acções que valorizem a sua imagem. “Há bons vinhos que podem competir perfeitamente a nível nacional. Falta apenas reforçar a sua promoção”, opinou. O presidente da Câmara do Cartaxo salientou a importância da acção de dar força à capital do vinho e do Ribatejo. Produção que Paulo Caldas considera ter grande qualidade e potencial para ombrear com os vinhos do Doutro e do Alentejo. “Falta consolidar um marketing mais alargado, processo que deve ser acompanhado de uma melhoria em vendas”, comentou o autarca. Paulo Caldas salientou ainda que a autarquia vai continuar a apostar no sector, apresentando projectos de índole diversa no IV Quadro Comunitário de Apoio, para consolidar o Cartaxo como capital do vinho, sempre dando visibilidade ao Ribatejo. Os melhores vinhos da sub-região do Cartaxo estão à disposição dos apreciadores para provas, entre as 13 e as 15 horas, e das 19 às 22 horas, até 5 de Abril, no W-Shopping. A parceria com a Câmara do Cartaxo apresenta ainda uma feira de queijos e enchidos, com produtos regionais ribatejanos, além de uma exposição de objectos relacionados com artes e ofícios, tanoaria (construção de pipas) e pintura em louças tradicionais inspiradas no tema, que tem o apoio do Museu Rural e do Vinho do Cartaxo. Os vinhos do Cartaxo vão continuar a sua ligação à rede W-Shopping, desta feita pelas superfícies comerciais do grupo espalhadas pelo país. Depois de Santarém, segue-se o Montijo.
Capital do vinho mostra a sua alma

Mais Notícias

    A carregar...