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Seis escolas encerradas em Azambuja

Seis escolas encerradas em Azambuja

Vereador da educação diz que carta educativa é um instrumento “flexível”

A desertificação continua a atingir algumas localidades do concelho de Azambuja. Seis escolas têm já o fim anunciado.

Seis escolas do primeiro ciclo do ensino básico do município de Azambuja fecham portas nos próximos anos lectivos. Esta é a previsão da carta educativa do município de Azambuja.O documento foi aprovado na reunião de câmara de segunda-feira com os votos favoráveis do PS e PSD e com um voto contra do eleito da CDU (ver caixa).O alto concelho, uma das zonas mais atingidas pela desertificação, concentra a maior parte das escolas ameaçadas pelo encerramento. Casais das Boiças, Quebradas, Tagarro e Arrifana, na freguesia de Alcoentre, são quatro dos estabelecimentos que deverão fechar portas. A solução é concentrar os alunos numa escola alargada em Alcoentre com jardim de infância público.A escola de Casal de Além, na freguesia de Vila Nova de S. Pedro, e a escola das Virtudes, na freguesia de Aveiras de Baixo, também têm fim anunciado. A expansão do parque escolar será feita na zona dos Casais da Lagoa, que tem registado um acentuado crescimento urbanístico.A carta educativa, elaborada no âmbito da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo, foi aprovada por unanimidade em Conselho Municipal de Educação, um órgão que concentra representantes das escolas, associações de pais, instituições particulares de solidariedade social e outras entidades governamentais.O vereador com o pelouro da cultura na Câmara da Azambuja, Marco Leal, explica que o documento leva em conta o cenário fortemente expansionista induzido pela construção do novo aeroporto da Ota, sublinhando que será feita uma monitorização regular. “É um instrumento de planeamento flexível. Haverá necessidade de o analisar todos os anos”, garante o autarca, sublinhando que a carta funciona como uma orientação para o município até 2011.O vereador admite que a construção do aeroporto no concelho vizinho de Alenquer trará muita gente para o concelho, mas considera que não é possível para já prever o impacto exacto do equipamento. Marco Leal lembra que as mudanças que o concelho sofreu nos últimos anos, com a fixação no concelho de várias comunidades de imigrantes brasileiros e de Leste, alteraram as previsões da rede escolar no concelho e mostraram que é necessária uma adaptação constante à dinâmica demográfica.Um dos objectivos da carta educativa é permitir requalificar e apetrechar os estabelecimentos existentes e criar núcleos escolares com as condições adequadas para refeições e lazer.Marco Leal assegura que por vezes são os próprios pais a aprovar a mudança dos alunos para escolas que reúnem melhores condições. “No caso da Maçussa, uma das primeiras escolas a fechar, foram os próprios encarregados de educação que preferiram que os alunos mudassem para a escola de Manique”, ilustra, adiantando que os edifícios das escolas abandonadas poderão ser reconvertidos em unidades de apoio aos idosos.A carta escolar prevê também a criação de unidades de ensino pré-escolar público num concelho onde até agora só existia creche em duas freguesias: Vila Nova da Rainha e Vale do Paraíso.Ana Santiago
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