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Sindicalistas preocupados com o desemprego

Sindicalistas preocupados com o desemprego

União de Sindicatos de Santarém lança alertas em vésperas de mais um Primeiro de Maio

A direcção distrital da CGTP quer lutar para não deixar cair a contratação colectiva de trabalho e alerta para as perspectivas de mais desemprego na região.

A União de Sindicatos de Santarém (USS) está preocupada com o futuro dos cerca de 190 trabalhadores da Drinkin, que é responsável pela fábrica de cervejas Cintra instalada em Santarém. Este é, segundo aquela estrutura, um dos casos mais significativos de ameaça de desemprego que paira sobre os trabalhadores. Em conferência de imprensa de apresentação dos festejos de mais um 1º. de Maio em Santarém, o coordenador da USS, Valdemar Henriques, destacou que o caso da cervejeira Cintra é o mais grave dado número de trabalhadores em causa. E que até motivou o agendamento de uma reunião com o governador civil de Santarém, para que o Governo seja sensibilizado para o assunto.No entanto, um administrador da empresa, Arnaldo Rocha, refere que, apesar dos tempos difíceis, não existe qualquer perspectiva de a empresa vir a fechar.“Não sei a que propósito se fez essa alusão mas temos ordenados e contribuições em dia, inclusivamente, as sindicais. Não existem quaisquer planos para encerrar a unidade e os postos de trabalho não estão em perigo”, salienta o administrador da Drinkin - Companhia de Indústria de Bebidas e Alimentação, S.A.Arnaldo Rocha reconhece que a empresa não possui a quota de mercado desejada no mercado nacional mas que existem mercados alternativos. O panorama no resto do distrito não é animador. Segundo Valdemar Henriques algumas empresas do sector têxtil da zona de Minde e de Alcanena, de confecções no Entroncamento e do sector agrícola em concelhos como Coruche, Salvaterra e Benavente também têm engrossado o número de desempregados.O coordenador da USS recorda também os problemas que se vivem nas indústrias metalúrgicas de Abrantes e Benavente, nos transportes de mercadorias e na indústria do papel, devido aos contratos colectivos de trabalho.“Os sucessivos Governos têm tentado acabar com os contratos colectivos de trabalho com o boicote das negociações. Depois existe uma grande quantidade de patrões retrógrados, sem formação e conhecimentos que em nada contribuem para a dignificação profissional”. O aumento do custo de vida e perda de direitos sociais, afirma, agravam a situação.Valdemar Henriques recorda que não são as superfícies comerciais que se têm implantado em grande ritmo na região que vão criar riqueza à custa do consumo privado, mas sim a aposta nos sectores produtivos como a agricultura e a indústria.Apesar das dificuldades os trabalhadores têm vindo a sindicalizar-se. Por altura do congresso distrital da USS/CGTP, em 2005, havia cerca de 35 mil trabalhadores sindicalizados no distrito, dos cerca de 800 mil daquela estrutura em todo o país.Ricardo Carreira
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