Na quarta-feira de cinzas, Samora Correia despediu-se do Carnaval com o tradicional enterro de Santo Entrudo. Uma tradição com dezenas de anos recriada pelo Padre João Alemão e os assistentes Hélder Salema e Olímpio Marques. Não faltaram várias viúvas que animaram o cortejo com os gritos que simbolizam a dor do fim do Entrudo. O santo, um boneco de palha, armadilhado com várias bombas, foi queimado no Largo do Calvário. Mas antes tiraram-lhe o instrumento que volta a ser colocado no próximo ano. Material daquele só se faz nas Caldas da Rainha.Aqui ficam alguns versos que revelam bem o estilo do testamento deixado pelo Santo Entrudo e que contemplou dezenas de moradores e forças vivas de Samora Correia.Santo Entrudo era um grande cagãoMorreu com o cú cheio de marcasDeixou muita merda para o padre João Alemão e sacristãoe dois camiões cheios de cagalhões para o pessoal da Arcas.Foi uma vida inteira recheada de cagalhãoCagou até deixar de ser genteNão se esqueceu de deixar muita porcaria para o GanhãoE para toda a Câmara de BenaventePara que a freguesia não gere confusãoE porque se trata de um bom meninoDeixou uma boa dose de cagalhãoPara o presidente Hélio JustinoSanto Entrudo era teimosoGostava de levar sempre a dele avanteDeixou um monte de merda gostosoPara a redacção de O MIRANTE