Quando era miúdo sonhava ser arqueólogo. Achava que era uma coisa fantástica mas fui abandonando a ideia. Em adolescente tive dúvidas entre cursar Relações Internacionais ou Gestão mas disseram-me que uma carreira diplomática era uma coisa de herança familiar e decidi-me pela área de gestão. Tirei o curso na Universidade Internacional de Abrantes. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Comecei a trabalhar muito cedo. Queremos ajudar a combater o problema do endividamento das famílias. Aconselhar as pessoas em relação aos seus créditos e proporcionar-lhes uma maior qualidade de vida. A Exchange é uma rede em franchising na área da consultoria financeira. Eu sou sócio de uma empresa que abrange a Exchange de Torres Novas e do Entroncamento. Futuramente vamos abrir uma terceira loja na Moita, Baixa da Banheira. Temos três áreas de negócio. A consultoria financeira, a corretagem de seguros e a consultoria de gestão. Aos 33 anos pensei que era naquela altura ou nunca. Tinha que criar o meu próprio negócio. E assim foi. O meu percurso profissional foi sempre muito ligado ao despertar do empreendedorismo. Em 1995 fui para a NERSANT (Associação Empresaria do Distrito de Santarém) onde tinha como missão incentivar a criação de novas empresas. Em 1998 estive no IAPMEI onde tinha a responsabilidade de apoiar novas incentivas empresariais. Em 2002 voltei à NERSANT, como director geral, com funções de apoio ao empreendedorismo. Recruto os meus colaboradores por intuição. Somos quatro mas com a abertura da nova loja vamos passar a ser seis. Gosto muito que uma pessoa venha referenciada por alguém. Mas depois tenho que a testar. Tem que ser uma pessoa que consiga transmitir confiança. Tem que ter sentido de responsabilidade e bastante discernimento. É quando vou a conduzir que me surgem as melhores ideias e soluções. Não tenho horários. Tenho que estar sempre disponível para os clientes. Mas tento prejudicar o menos possível a vida familiar. Por norma não levo trabalho para casa. Sou casado e tenho uma filha de sete anos, a Beatriz, que vou levar e buscar à escola todos os dias. Também a trago para o escritório ao final do dia. Acho que é importante que ela perceba o qual é o trabalho do pai. Leio tudo o que apanho. Jornais, livros, revistas. Até as bulas dos medicamentos. Gosto de ler, do mais leve ao mais pesado. Textos históricos, livros técnicos de gestão e economia. Sinto que precisava de me dedicar a um desporto mas o tempo não dá para tudo.