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Mãe de jovem obeso com paralisia cerebral procura ajuda para tratar o filho

Mãe de jovem obeso com paralisia cerebral procura ajuda para tratar o filho

Mário Rui aguarda intervenção cirúrgica num hospital público há um ano

A mãe de um jovem obeso com paralisia cerebral procura ajuda para submeter o filho a uma intervenção cirúrgica no privado. Mário Rui aguarda há um ano por uma operação no público.

Mário Rui tem 29 anos, paralisia cerebral e pesa cerca de 190 quilos. O excesso de peso é a grande preocupação da mãe que procura ajuda para tratar do descendente com quem vive sozinha num apartamento em Povos, Vila Franca de Xira. O jovem está inscrito há cerca de um ano na lista de espera do Hospital Santa Maria, em Lisboa, para a operação de emagrecimento.Paula Carvalho, 56 anos, está cansada de esperar que chegue a vez do filho ser operado no serviço público e já procurou informações em clínicas privadas. Os médicos explicaram-lhe que devido ao problema de obesidade do filho, Mário Rui terá de ser sujeito a uma intervenção no estômago que faz com que perca algum apetite e se sinta saciado com menos comida. Isso ajuda a emagrecer vários quilos. Segundo a mãe do jovem, a operação para colocação do balão no privado ronda os cinco mil euros. Paula não tem esse dinheiro e enquanto aguarda pela vez do filho nas listas de espera do Santa Maria procura toda a ajuda possível para poder dar uma vida mais saudável ao filho. “A obesidade fez com que aparecessem os diabetes e a tensão alta. O médico diz que se o meu filho não for operado rapidamente corre o risco de morrer de um momento para o outro. Sei que posso esperar pela vez do meu filho através das listas de espera do Hospital mas quero que ele ainda possa viver muitos anos”, explica angustiada.Mário Rui é mudo, mas não deixa de transmitir uma enorme vontade de viver. E o excesso de peso não é impedimento para sair e fazer amigos. Sempre que pode vai para Lisboa assistir aos jogos de futebol do Sporting. É um adepto ferrenho que vibra com as vitórias e sofre com as derrotas dos leões. “O meu filho conhece mais mundo do que muita gente dita normal”, conta a mãe enquanto olha para o filho sentado no sofá.Paula Carvalho, funcionária pública em Lisboa, garante que se o filho tivesse menos peso poderia fazer uma vida perfeitamente normal e não necessitaria de forma tão dependente de ajuda. Em Fevereiro Paula Carvalho deu entrada de urgência no Hospital onde teve que ficar internada durante mais de um mês. A sua preocupação foi sempre o filho que estava em casa sozinho. Foi a vizinha Idalina Costa que ajudou Mário enquanto a mãe esteve internada. Levava-lhe as refeições e ajudava na higiene pessoal. De manhã, antes de ir para o trabalho, passava em casa de Paula para ajudar o jovem e ao final do dia fazia o mesmo, dando-lhe a refeição.Mas mãe é mãe e Paula Carvalho nunca ficou totalmente descansada enquanto esteve no hospital. Assim que os médicos lhe deram alta veio para junto do filho. Sabe que Mário Rui é independente, mas precisa de apoio. Agora que está de baixa a mãe tem passado mais tempo perto de Mário e controla-lhe a alimentação. A paralisia cerebral de Mário Rui foi provocada por um parto demorado. A mãe, Paula Carvalho, não sabia que estava prestes a ser mãe de gémeos. A barriga era grande mas há 29 anos não havia a tecnologia que existe actualmente para visionar os bebés. O primeiro nasceu rapidamente. O segundo não estava na posição cefálica e o parto foi demorado. O bebé esteve em sofrimento durante mais de três horas dentro da barriga da mãe provocando-lhe paralisia cerebral.O MIRANTE tentou contactar o Hospital de Santa Maria para obter mais esclarecimentos mas até à hora do fecho da edição não foi possível.
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