Face à avalanche de críticas e adjectivos que choveram recentemente sobre o paredão construído na margem direita do Nabão, particularmente provindos dos vereadores da oposição, a Câmara de Tomar decidiu emitir uma nota a esclarecer de que se trata, afinal, a estrutura de betão que vai crescendo a olhos vistos e já pede meças em popularidade por aquelas bandas ao célebre Muro de Berlim. O comunicado, enviado para a comunicação social, explica que “os cerca de seis metros de altura de muro que se avistam hoje, abaixo da Ponte Nova, são uma imagem distante do resultado final da intervenção do Programa Polis naquela zona”. Ou seja, uma espécie de miragem em betão armado…O estrado em madeira que surgirá na superfície do muro vai estender-se três metros sobre o rio, atenuando os efeitos visuais, cuja existência se deve ao combate às cheias, transformando-se o “mamarracho de betão” num espaço convidativo a um passeio ribeirinho sobre um espelho de àgua. “Quando a obra estiver concluída, metade dos seis metros visíveis do muro, que surge com o principal propósito do combate às cheias, será preenchida pela subida do nível do rio”, avisa a autarquia.