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PS desvaloriza acção de Moita Flores nas compensações do novo aeroporto

PS desvaloriza acção de Moita Flores nas compensações do novo aeroporto

Estratégia socialista a pensar nos dividendos políticos que podem ser retirados nas próximas eleições

Idália Moniz alega que muitos dos projectos anunciados por Moita Flores já estavam contratualizados antes dessas negociações.

A deputada municipal socialista e secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz, desvalorizou sexta-feira a acção do presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), na negociação do anunciado pacote de investimentos para o concelho no âmbito das contrapartidas dadas pelo Governo pela não construção do aeroporto de Lisboa na Ota. Após a apresentação dos projectos por Moita Flores na assembleia municipal, Idália Moniz afirmou que do conjunto de investimentos anunciados pelo presidente da Câmara para Santarém, perto de 500 milhões de euros correspondem a projectos que já estavam contratualizados no âmbito de programas nacionais "em curso desde o início da legislatura". Uma intervenção que pode funcionar como um sinal para o interior do PS escalabitano sobre a forma como deve lidar com a tentativa de aproveitamento político que o PSD e Moita Flores irão tentar retirar dos vultuosos investimentos anunciados. A táctica deve ser a de valorizar o esforço do Governo e subalternizar o contributo do presidente da autarquiaComo exemplos concretos mencionou os programas PARES (Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais), Saúde XXI, modernização do parque escolar e modernização administrativa e os investimentos de empresas públicas como a Refer e Estradas de Portugal, projectos que pelas suas contas totalizam 494 milhões de euros. "Se estes valores estavam já contratualizados, o que conseguiu de novo?" na negociação das contrapartidas, questionou Idália Moniz, afirmando não "compreender o que está já fechado, contratualizado, e o que está nas intenções".O presidente da Câmara de Santarém repetiu que o Plano de Acção 2008/2017 abrangendo12 municípios do Oeste e 4 da Lezíria do Tejo, negociado com o governo, "não é um programa de intenções" e estará todo em execução em 2015. Moita Flores afirmou que a negociação permitiu antecipar investimentos que doutra forma se dilatariam no tempo e conquistar outros, como o eixo ferroviário que irá ligar a nova estação ferroviária de Santarém às Caldas da Rainha, permitindo a ligação das linhas do Norte e do Oeste."Não é um programa de intenções mas de execução", afirmou o autarca. "A questão das barreiras, da despoluição do Alviela, do alargamento da rede social de cuidados, da rede escolar, entre outros, tantas vezes prometidas e adiadas estarão em execução", disse.Moita Flores apontou ainda a inclusão no Plano de Acção para o Oeste e Lezíria do terminal ferroviário de carga que irá servir a indústria da pedra localizada no norte do concelho, a requalificação da zona ribeirinha e do centro histórico de Santarém, a recuperação de igrejas, a cedência de instalações como o edifício do Instituto da Vinha e do Vinho, do Presídio Militar e da Escola Prática de Cavalaria (este ainda em negociação).A apresentação do Plano de Acção dominou a ordem de trabalhos da Assembleia Municipal de Santarém, com Moita Flores a afirmar que os sete meses de "intensa negociação" constituíram o ponto mais alto da sua vida política. Agradecendo ao primeiro-ministro e ao ministro das Obras Públicas, entre outros membros do governo, declarou que o pacote negociado para Santarém permitirá um volume de investimento, directo e induzido, da ordem dos mil milhões de euros, cabendo agora aos autarcas mostrar que "são capazes".
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