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Mário Correia

Mário Correia

46 anos, administrador

Nasceu a 20 de Janeiro de 1962 em Bugalhos, Alcanena, onde reside actualmente. Habituado desde muito novo a trabalhar e lidar com o sector da construção, licenciou-se em engenharia civil aos 25 anos. É o administrador da empresa Eco-Edifica – Ambiente, Infra-estruturas e Construções, que abriu em Torres Novas há treze anos. Para Mário Correia, a chave para o sucesso de uma empresa passa por três elementos: trabalho, dedicação e uma gestão muito rigorosa.

Em pequeno só queria brincar e jogar futebol. O meu pai era pedreiro e nas férias escolares sempre o ajudei a dar serventia. Venho de uma família humilde e pobre pelo que toda a ajuda era pouca. Tínhamos que partilhar as dificuldades. Foi a minha grande escola. Quando fiz o curso de engenharia civil surgiu a vontade de abrir uma empresa e trabalhar por minha conta. Frequentei o Instituto de Engenharia de Lisboa e o Instituto Superior Técnico e dei aulas durante dez anos. Fui pai aos 23 anos e dois anos depois decidi regressar a Alcanena. Foi quando abri a primeira empresa de nome SECAL. Costumo dizer que montei esta empresa quase no balneário com amigos que jogavam futebol comigo. Ainda hoje são meus sócios e amigos. Começamos do nada. As únicas coisas que tínhamos eram umas pás, umas enxadas e um carro-de-mão e comprámos uma Ford Transit muito velhinha que só pegava de empurrão. Em 1995 decidi fundar a Eco-Edifica. A SECAL é uma empresa de projectos e construção civil e, na altura, sentia necessidade de avançar para a área ambiental, focando-me nas infra-estruturas, saneamentos e criei uma nova empresa. Eco de ambiente e Edifica de construção. Penso que o segredo para manter uma empresa passa por fazer uma gestão muito rigorosa, um controle de custos muito grande, uma racionalização de meios muito forte. Também temos que ter alguma sorte em não apanhar situações que originem falta de liquidez. Na década de 90 houve muita obra resultante dos quadros comunitários. Penso que isso terá contribuído para o crescimento da empresa. Nunca fomos muito além da nossa região. Não quero ter que administrar uma estrutura demasiado pesada. Não quero ser escravo do trabalho das minhas empresas. Quando fundei a Eco-Edifica tinha sete ou oito colaboradores, que estavam agregados à SECAL. Actualmente somos à volta 80 colaboradores, a maior parte deles a trabalhar em obras. A vida de Lisboa estava a fazer-me confusão. Era stressante demais. Queria ter o meu espaço. Jogar futebol e estar com os amigos. Foi o apego à terra e à família que me fez regressar. Sou casado e tenho três filhos, dois rapazes de 23 e 19 anos e uma menina de 13. Actualmente tenho o meu filho mais velho, Mário Diogo, a trabalhar comigo, o que me enche de orgulho. Licenciou-se em Economia e está na empresa desde Setembro. Recentemente abrimos um novo projecto, a empresa Demovaur, na área das demolições e resíduos da construção. Vivo intensamente o meu trabalho mas ao sábado à tarde jogo futebol com os meus amigos. Divertimo-nos, petiscamos... É libertador. Levanto-me às seis e meia da manhã todos os dias. Começo pelas obras ou pelos escritórios e depois não tenho limite de hora para sair. Quando fazia directamente direcção de obra ou projecto fazia mais noitadas. Actualmente dedico-me mais à administração e gestão das empresas. Mas continuo a acompanhar o trabalho de execução de obras que é algo que gosto muito de fazer. No trabalho aplico muita dedicação, rigor e empenho. Não há milagres. E vejo sempre as coisas pelo lado positivo. Penso que resolvemos melhor as coisas e transmitimos aos outros segurança e felicidade. Para mim é fácil motivar a minha equipa. Não sou materialista. Nunca pensei em ter o que tenho. Tenho este lema de que quanto mais a gente dá e ajuda mais tem.
Mário Correia

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