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Agredida e roubada quando rezava na igreja

Assaltante levou 40 euros, um telemóvel e o cartão de utente de saúde

Vítima tinha sido operada ao coração e levou um murro no peito que lhe provocou lesões internas. Marido e amigos estavam ao lado da igreja e não se aperceberam de nada.

Uma doente cardíaca, operada ao coração há seis meses, foi agredida e roubada quando rezava na tarde de terça-feira, 19 de Maio, na Igreja Matriz de Benavente. Noémia Anacleto, 67 anos, estava na coxia, perto da imagem da Nossa Senhora, quando foi agredida com um puxão violento e um murro forte no peito.Cerca das 15h30, um homem com a cara tapada - que não consegue descrever com pormenor porque a igreja estava escura - roubou-lhe 40 euros, o cartão de utente do Serviço Nacional de Saúde e o telemóvel. A carteira ficou no chão e a vítima ficou inanimada em agonia com um hematoma no peito e uma luxação na clavícula. Ficou inconsciente, mas conseguiu reanimar uns minutos depois e pedir ajuda a uma devota que entrou entretanto. “Foi a D. Dorinda que me acudiu e chamou o sacristão para me ajudar a levantar”, explica Noémia Anacleto ainda a recuperar do choque e das dores no peito e na clavícula. “Estou sob o efeito de medicamentos e com vigilância para ir para o hospital se tiver algum sintoma”, refere Noémia, mostrando a cicatriz da operação e o hematoma deixado pelo murro violento que, segundo um cardiologista contactado por O MIRANTE, poderia ter causado a morte da doente. A vítima foi socorrida pelos bombeiros de Benavente e transportada ao Hospital de Vila Franca de Xira onde foi assistida. “Ficou muito dorida e em choque”, conta o filho da vítima, João Paulo Anacleto, que é bombeiro. Noémia teve alta cerca das 19h00 e está a ser acompanhada de perto pela família.O marido da vítima, o conhecido mecânico de motos e bicicletas de Benavente Manuel Anacleto, não se conforma com o sucedido. “Eu estava ali perto, a falar com uns amigos e não nos apercebemos de nada. Fomos, alguns dez, à procura do homem mas já não o apanhámos”, refere. “Isto é tudo por causa destes leis e desta justiça que protege os criminosos”, acrescenta. A GNR fez buscas no interior da igreja e não encontrou ninguém. No momento do roubo, o sacristão estava a aspirar e com o barulho da máquina não se apercebeu de nenhum movimento estranho. Ninguém viu o agressor. A família apresentou queixa na GNR de Benavente. Noémia Anacleto admite que o assaltante já estivesse no interior do templo quando ela entrou e não se apercebeu de nenhum movimento estranho. É frequentadora habitual da igreja, mas a partir de agora vai prestar mais atenção porque como diz uma amiga: “nem dentro da Igreja, perto de Nossa Senhora, estamos seguras”.

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