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Bairro 16 de Março desapareceu do mapa de Santarém sem deixar saudades

Bairro 16 de Março desapareceu do mapa de Santarém sem deixar saudades

As trinta e duas casas degradadas foram demolidas por iniciativa do município e o terreno está à venda, à espera de potenciais investidores. Um milhão de euros foi o limite mínimo apontado.

Uma mancha na paisagem da cidade de Santarém desapareceu do mapa com a demolição do velho e degradado bairro social 16 de Março, de que resta agora apenas algum entulho. A operação foi executada pelo empreiteiro que vai edificar um conjunto de vivendas nas proximidades e funcionou como contrapartida pela aprovação desse loteamento de seis moradias pela Câmara de Santarém. O construtor já está também a edificar ali um miradouro, outra contrapartida negociada pela autarquia.A demolição do velho casario, situado num ponto com uma vista privilegiada, pretende também tornar mais atractivo o terreno para potenciais compradores, referiu ao nosso jornal o vereador com o pelouro das Obras Municipais, João Leite (PSD). A Câmara de Santarém decidiu há um par de anos vender aquela área com cerca de 3 mil metros quadrados apta para construção, tendo já aberto uma hasta pública para o efeito que foi suspensa em Maio de 2010 por falta de interessados. Posteriormente, a autarquia decidiu tentar vender o terreno por ajuste directo a quem apresentasse uma proposta que cobrisse o valor base pedido pelo município, que era de um milhão de euros. Mas até à data também não houve novidades a esse nível. O terreno do bairro 16 de Março é um dos imóveis que se encontra para venda na Bolsa Imobiliária de Santarém, sita no Portal da Câmara de Santarém na Internet, em www.cm-santarem.pt.O espaço encontra-se inserido na área urbana consolidada de média densidade, caracterizado pela posição dominante sobre o Vale do Taré, com boa exposição solar, vistas privilegiadas e com bom nível de infra-estruturação. São permitidas construções até segundo andar para habitação, turismo ou serviços.A demolição do Bairro 16 de Março já tinha sido decidida pelo executivo camarário em Maio de 2003, no tempo da gestão do socialista Rui Barreiro, prevendo-se na altura construir no mesmo local um novo bairro social. A solução defendida passava pela venda do terreno a uma empresa de construção, que ficaria de construir as habitações e vendê-las ao município pelo preço estipulado para habitação social. O Bairro 16 Março, em tempos designado por Bairro Salazar, construído em 1948, foi sendo desocupado ao longo dos últimos anos, à medida que os inquilinos iam saindo ou sendo alojados noutros locais por iniciativa do município, e encontrava-se num elevado estado de degradação. Há anos os moradores colocaram faixas pretas em algumas janelas para assinalar o “luto” pelo estado em que se encontravam as casas, propriedade da autarquia.Durante os últimos anos houve várias datas apontadas pela autarquia para a demolição das casas, o que se verificou agora. Em reunião do executivo, o vereador do PS Ludgero Mendes congratulou-se com essa acção, referindo que o conjunto de casas, embora em grande parte emparedadas, constituía um refúgio para pessoas que as utilizariam “para fins menos adequados”, o que constituía motivo de preocupação para a vizinhança.
Bairro 16 de Março desapareceu do mapa de Santarém sem deixar saudades

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