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Reforçada a vigilância para evitar mais ocupações ilegais na várzea de Vialonga

Município de Vila Franca já apanhou um empresário e notificou-o para despejar terreno

A várzea de Vialonga é palco, há vários anos, de ocupações ilegais que prejudicam o ordenamento do território. A Câmara de Vila Franca reforçou a fiscalização no local e já apanhou um empresário que ali queria fazer, sem autorização, um parque de estacionamento para camiões.

A Câmara de Vila Franca de Xira reforçou a vigilância na várzea de Vialonga para evitar mais ocupações ilegais na zona enquanto está a tentar legalizar os empresários que se instalaram há anos porque estão em causa postos de trabalho. Recentemente a fiscalização municipal apanhou um empresário a despejar brita e pedra num terreno e já o notificou para remover os materiais do local. José Rodrigues preparava-se para instalar no terreno um parque para camiões. A autarquia avisa que quem pretender ocupar a zona arrisca-se também a multas pesadas. O empresário, ouvido por O MIRANTE diz que não tem capacidade económica para remover a brita e manifestou a vontade de deixar o caso arrastar-se para tribunal, por entender que está a ser prejudicado face aos restantes empresários. José Rodrigues deu como o exemplo uma empresa de gessos que alcatroou a entrada da fábrica, situada em terrenos onde também não devia estar. O vice-presidente do município, Alberto Mesquita (PS), diz que compreende a situação do empresário, mas realça que este não devia ter colocado os materiais no terreno e que os tem que retirar rapidamente porque cometeu uma ilegalidade. Alberto Mesquita explica que as empresas que já estão há anos instaladas na várzea são geradoras de emprego e por isso merecem uma análise mais cuidada e com “bom senso”. O presidente da Junta de Freguesia de Vialonga, José António Gomes (CDU) considera que é tempo dos prevaricadores serem punidos. “As pessoas usam e abusam e muitas vezes sou forçado a fazer queixa ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR das descargas ilegais que ali são feitas”, lamenta.Estima-se que mais de 200 pessoas trabalhem em empresas instaladas ilegalmente na várzea de Vialonga. As primeiras ocupações ilegais datam de 2005, quando começaram a ser feitas terraplanagens que deram origem ao que são hoje parques de pesados, armazéns, depósitos de contentores e oficinas. Recorde-se que a Várzea de Vialonga chegou a ser um dos locais estudados para a implantação da superfície comercial Ikea no concelho de Vila Franca de Xira, que acabou por se localizar em Loures por causa da dificuldade em viabilizar as construções no local. A várzea de Vialonga é uma vasta extensão de terreno onde a construção não é permitida no Plano Director Municipal (PDM) por se tratar de terrenos agrícolas. Mas até agora os empresários sempre foram aproveitando o abandono das terras para se irem instalando.

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