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Família numerosa despejada de prédio em risco não aceitou realojamento da câmara

Família numerosa despejada de prédio em risco não aceitou realojamento da câmara

As sete pessoas do agregado foram para casa de amigos e familiares enquanto se tenta encontrar uma solução

Só á terceira tentativa é que a Câmara de Vila Franca de Xira conseguiu despejar os moradores do prédio do Monte Gordo, que está em risco de ruir. E foi necessária a intervenção de serralheiros para rebentarem a porta que estava barrada com uma tranca.

Uma família de sete pessoas despejada pela Câmara de Vila Franca de Xira do prédio em risco de ruir no Monte Gordo, não aceitou a proposta de realojamento da autarquia e os elementos estão a morar em casa de familiares e amigos. A família chegou a estar à porta da câmara em protesto e pretende arrendar um apartamento T3 duplex na Quinta do Bulhão por cerca de 600 euros e espera que a câmara comparticipe parte da renda. Até ao fecho desta edição ainda não havia solução. A câmara só à terceira tentativa conseguiu despejar os últimos moradores do prédio que não queriam sair. A família queria passar o fim-de-semana acampada no largo do município, junto ao pelourinho, mas a PSP não permitiu que se montassem tendas. A família Barros comprou o apartamento no Monte Gordo em 1997. Há algum tempo que se vem alertando para o risco de derrocada do edifício numa zona de encosta. Na sexta-feira, às 9h00, funcionários da câmara municipal tocaram para os andares das três famílias mas ninguém respondeu. Recorreram a serralheiro para arrombar a porta do prédio, o que só resultou ao fim de duas tentativas e três quartos de hora, com pé de cabra, outros utensílios e muito esforço, para vergar três chapas aparafusadas em três pontos à porta. Os funcionários subiram aos andares com apoio de mais de uma dúzia de agentes da PSP e cumpriram a ordem de despejo. Maria Antonieta Barros diz que a família não aceita as propostas de habitação da câmara por não serem dignas e não servirem para uma família grande. A presidente do município, Maria da Luz Rosinha, comunicou que não podia facultar à família uma casa como a que eles tinham no prédio, mas que tinha disponibilizado opções que, não sendo melhores, eram pelo menos seguras. “A nossa preocupação é a segurança física das pessoas e temos procurado uma solução”, dizia a autarca. À saída da câmara a autarca foi abordada pelos moradores até ao carro, que a acusaram de se ter esquecido das promessas de apoio, mas sem ânimos exaltados e não foi necessária a intervenção dos três agentes da PSP presentes, que apenas acompanharam Rosinha até à sua viatura. A pensar no assunto do outro lado da ruaMadalena Santos, que mora numa vivenda a dez metros do prédio em risco, confessa que tem pensado no problema, especialmente quando faz mau tempo, como aconteceu no sábado, dia 19. E teme pela sua segurança no caso de o prédio desabar.
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