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Trinta e um mil desempregados no distrito de Santarém

Duzentas e sessenta e duas empresas entraram em processo de insolvência em 2012

O número de desempregados no distrito de Santarém ascende já a 31 mil. No ano passado 262 empresas entraram em processo de insolvência. As indústrias metalúrgica, gráfica e de construção civil são as mais afectadas. União de Sindicatos de Santarém diz que população não pode ficar de braços cruzados e apela à participação na manifestação de 16 de Fevereiro que também sairá à rua em Santarém.

O distrito de Santarém tem actualmente 31 mil desempregados inscritos nos centros de emprego. Só em Dezembro de 2012, por exemplo, o número de pessoas sem trabalho aumentou 17,2 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados pelo coordenador da União dos Sindicatos de Santarém, Rui Aldeano, em conferência de imprensa realizada na manhã de segunda-feira, 28 de Janeiro. O dirigente sindical confirma que o último mês do ano foi um dos mais dramáticos. Rui Aldeano acredita que os dados de 2012 só não são piores porque muitos jovens optaram por emigrar procurando a sorte noutros países.Segundo os dados divulgados, que têm por base registos do Instituto do Emprego e Formação Profissional, a grande maioria dos desempregados tem entre os 35 e os 55 anos. “Para quem está próximo dos 50 anos a situação é catastrófica. Não têm qualquer perspectiva de futuro e resta-lhes ficar à espera de receber as indemnizações”.No distrito, durante o ano passado, 262 empresas entraram em processo de insolvência, o que representa um acréscimo de 63 por cento relativamente a 2010. As indústrias metalúrgica e gráfica e a construção civil são os sectores mais afectados na região. “As pessoas passaram a viver muito pior e deixaram de ter dinheiro para comprar, o que se reflectiu na economia”, analisa. A União de Sindicatos considera que é preciso continuar a lutar pelo aumento do salário mínimo e pela manutenção dos postos de trabalho, apelando por isso à participação na manifestação nacional marcada para 16 de Fevereiro em Lisboa. A manifestação descentralizada vai estender-se também à cidade de Santarém, a partir das 15h00, com concentração junto à Segurança Social e desfile até ao Largo Cândido dos Reis. “As pessoas não podem ficar em casa. Temos que ir para a rua. Não basta comentar no café que isto está mau”, constata. Rui Aldeano lamenta, por exemplo, que o Governo esteja a beneficiar os patrões permitindo o pagamento de metade dos subsídios de Natal e de férias em duodécimos, proposta que visa camuflar o “roubo que os trabalhadores vão ter através da sobretaxa de IRS”. Para o Sindicato trata-se de preparar caminho para a “eliminação dos subsídios”.

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