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Rombo na maracha ameaça aldeia das Caneiras

Rombo na maracha ameaça aldeia das Caneiras

Danos causados por cheia de há dois anos continuam por repararPresidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém deixou o alerta numa assembleia municipal sobre o Tejo e teme o pior para a aldeia avieira em caso de nova cheia.

Dois anos passados sobre o rombo na margem do Tejo junto à aldeia avieira de Caneiras, nos arredores de Santarém, ainda nada foi feito para reparar ou minimizar os danos. E, em caso de nova cheia, a desprotecção da margem direita do rio nessa zona coloca em risco uma localidade onde vivem cerca de 200 pessoas.O alerta foi deixado pelo presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém, Carlos Marçal (PSD), durante a sessão extraordinária da assembleia municipal realizada na sexta-feira, 8 de Abril, precisamente para debater o rio Tejo. O autarca disse que se trata de um problema muito grave que, na sua óptica, decorreu da construção da ponte Salgueiro Maia, situada a jusante. Na altura foram criadas duas penínsulas no rio para construção dos pilares Norte e Sul. A península da margem norte foi removida, mas a da margem sul ficou e, segundo Carlos Marçal, desvia a água para a margem norte, situação que se torna mais evidente e gravosa em caso de cheia. “Já lá vão dois anos e tenho receio do que possa acontecer à aldeia em caso de nova cheia. Temo o pior!”, afirmou o autarca.Presente na sessão da assembleia municipal de sexta-feira, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, garantiu que estão a trabalhar em articulação com a Câmara de Santarém no sentido de preparar uma candidatura ao Fundo de Protecção de Recursos Hídricos visando a reabilitação da margem. Uma intervenção que será feita em parceria entre essas duas entidades.Foi no início de Abril de 2014 que o rio roubou uma faixa de terra na margem direita, poucas dezenas de metros a montante das Caneiras, com a perda de terrenos agrícolas. Depois do colapso, União de Freguesias e agricultores têm contactado o Ministério do Ambiente e das Obras Públicas no sentido da resolução do problema, nomeadamente a consolidação da margem e a retirada da península artificial no leito do rio que alegadamente desvia a água para a margem oposta.Em Maio de 2015, os deputados do PSD na Assembleia da República eleitos pelo círculo de Santarém também questionaram o Ministério do Ambiente sobre as alterações no leito do rio Tejo que têm provocado o “colapso significativo da margem direita” do rio nos concelhos do Cartaxo e Santarém. Os deputados entregaram um requerimento onde solicitam a avaliação do Ministério do Ambiente sobre a situação; se está a ser assegurada alguma monitorização e se ia ser realizada alguma intervenção.O documento frisava o impacto do colapso de partes “significativas” da margem direita com a perda de terrenos agrícolas “até aí consolidados e que se encontravam protegidos por uma orla ribeirinha de salgueiros e freixos implantados defensivamente e que, entretanto, desapareceram”. Na resposta aos deputados, o Ministério do Ambiente respondeu dizendo que a Agência Portuguesa do Ambiente/Administração da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste realizou “um levantamento topo-hidrográfico, com vista à promoção de um projecto de execução e obra de reparação pela Câmara Municipal de Santarém”.
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