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Guarda de Samora nega envolvimento em rede de roubo de metais

Julgamento do caso com 24 arguidos começou em Santarém
O guarda do posto de Samora Correia que é o principal arguido no caso da rede de roubo de metais numa empresa do Porto Alto negou a autoria dos crimes de que está acusado, à excepção de um. O militar, que está em prisão preventiva, disse na primeira sessão do julgamento em Santarém, na terça-feira, 19 de Abril, que nunca facultou a chave da empresa onde fazia serviços de manutenção à noite nem nunca ouviu queixas de que tivesse desaparecido sucata das instalações. O guarda, de 49 anos, negou facilitar o roubo de metais permitindo a entrada de conhecidos que iam recolher os materiais para os vender a sucateiros. O arguido, acusado de 45 crimes, dos quais 20 por furto qualificado, peculato de uso, falsificação, abuso de poder, corrupção passiva, burla e violação do dever de sigilo, disse que não fazia segurança privada na empresa, que trabalhava em substituição de outro elemento a recolher o lixo e a substituir lâmpadas. O militar sublinhou que só confessava o de violação do dever de sigilo, ao fornecer dados sobre a matrícula de um carro a uma pessoa que a queria comprar, dizendo que o mesmo não constava para apreender. Mas ressalvou que isso era uma prática habitual e que todos os colegas o faziam. O tribunal optou por ouvir em separado os arguidos que mostraram vontade de prestar declarações, tendo-os distribuído pelas próximas sessões de julgamento de 26 de Abril, 4 e 5 de Maio. O colectivo de juízes demorou toda a manhã do primeiro dia de julgamento só para organizar os trabalhos das audiências, identificar os 24 arguidos e decidir pela dispensa da presença de um dos arguidos que foi sujeito a uma intervenção cirúrgica. No processo são ainda arguidos mais três militares do posto de Samora Correia, acusados de 12, 11 e seis crimes respectivamente, entre os quais os de falsificação, abuso de poder e corrupção. Em acordo com o guarda, principal arguido, refere a acusação, dois elementos, um pedreiro de profissão e um vendedor ambulante, roubavam os metais da empresa, por vezes com a ajuda de cúmplices. Um está acusado de 20 e o outro de 13 crimes de furto qualificado. Os crimes ocorreram, segundo a investigação, pelo menos a partir de Maio de 2014 até 15 de Outubro do mesmo ano, altura em que foram detidos numa grande operação os quatro militares e mais outros quatro civis. A investigação viria depois a arrolar mais 16 elementos suspeitos. Durante a operação “Hydra” foram apreendidos 5.490 quilos de metais não preciosos, sobretudo inox e alumínio, num valor estimado pela GNR em 330 mil euros.

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