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“Se eu pudesse ia todos os dias ver o mar”

“Se eu pudesse ia todos os dias ver o mar”

Adélia Nunes gerente da óptica Visão Viva de Santarém

Adélia Silveira Nunes diz que gosta de viajar e conta que já visitou mais de vinte países. Começou aos onze anos. Nas férias acompanhava o pai, que era motorista de longo curso. Os cavalos são outra das suas paixões. Já participou em provas de equitação e obstáculos subindo várias vezes ao pódio. Na televisão só vê filmes e séries porque não tem paciência para as notícias. Considera que a maioria dos políticos são corruptos. Nasceu em Abrantes mas vive em Alpiarça desde os dois anos de idade.

Quando era criança gostava de ajudar os meus pais nas searas de melão e melancia. Mais tarde o meu pai foi trabalhar para os camiões e eu acompanhava-o nas férias. Viajei muito pela Europa. Posso dizer que tive uma infância feliz. Nasci em Abrantes mas resido em Alpiarça desde os meus dois anos de idade. Ainda tenho alguma família em Abrantes mas a grande maioria saiu há muitos anos à procura de uma vida melhor. Aquela zona da Barragem de Castelo de Bode tem paisagens maravilhosas e é pena que não se tenha desenvolvido economicamente para manter as pessoas lá. Comecei a trabalhar numa óptica há vinte anos. Tirei o curso de técnica de óptica onde se aprende a fazer o trabalho de oficina, como se montam os óculos, as lentes e as armações. Também fazia atendimento ao público. Em 2012 tirei o curso de optometria no Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC), que é dado pela Escola Portuguesa de Óptica Ocular, para poder dar consultas. Neste momento a nossa óptica, Visão Viva, tem três lojas com o conceito “low cost”, abertas ao público, em Santarém, Coruche e Chamusca. Na televisão só vejo séries e filmes porque me recuso a ver notícias. Odeio a política e acho que os políticos são todos corruptos. Antes de estarem nos cargos prometem tudo mas quando lá chegam não fazem nada. São todos iguais. Estou completamente desiludida com a política e considero que as últimas eleições legislativas foram uma vergonha porque quem devia ser primeiro-ministro era quem tinha ganho as eleições. Adoro viajar e tenho o passaporte bastante preenchido. Gosto principalmente de destinos que tenham mar e sol. Já fui a Cuba, República Dominicana, México, Quénia, Venezuela, Seychelles, Tanzânia, Angola e vários países da Europa, mas o meu preferido é o Brasil. Normalmente vou para o nordeste brasileiro, onde as pessoas são muito simples e calmas. Gosto da tranquilidade. Nunca fui ao Rio de Janeiro e se lá fosse só andava de helicóptero com medo dos assaltos. O local que visitei que agradou menos foi a Ilha Margarita. Estava tudo sujo e degradado. Já vi algumas coisas menos boas nas minhas viagens mas ali só vimos miséria e lixo. Nessas alturas sinto-me triste por essas situações acontecerem, e sinto-me agradecida por aquilo que tenho. Estamos sempre a falar mal de Portugal mas isto é um cantinho muito bom onde temos tudo. Gosto muito de cavalos e esse gosto começou numa das minhas viagens ao Brasil. Foi há cerca de 10 anos. Fiz um programa que era um dia numa fazenda. Fizemos várias actividades entre elas passeios a cavalo e fiquei apaixonada. Assim que cheguei a Portugal fui à Reserva do Cavalo do Sorraia em Alpiarça e inscrevi-me. Comecei a ter aulas de equitação com miúdos de oito e dez anos. Eles iam participar em provas e eu já com 32 anos ia com eles também fazer as provas e subi várias vezes ao pódio. Tenho cavalos que concorrem em provas de equitação, dressage e obstáculos. Quem trata dos cavalos é o meu filho, que também participa em algumas provas. No pouco tempo livre que tenho também gosto de ler, ouvir música e meditar. Há cada vez mais pessoas com cerca de 40 anos com cataratas porque estão muito expostas às radiações dos monitores de computadores, televisões, tablets, telemóveis. Até na escola já existem quadros interactivos. Está comprovado que uma pessoa que passe mais de oito horas em frente ao monitor de um computador tem mais probabilidade de ter cataratas. As cataratas estavam associadas a pessoas mais idosas. Aparecem por volta dos 60 anos porque o cristalino do olho envelhece. Os miúdos hoje já não brincam, nem vão para a rua brincar. Estão colados ao tablets e outros gadgts. Hugo Figueiredo
“Se eu pudesse ia todos os dias ver o mar”

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