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Ministra não adianta soluções para desbloquear obras no bloco operatório do Hospital de Santarém

Governante só promete trabalho para ultrapassar a falta de visto do Tribunal de Contas, que impede o hospital de contratar alguns serviços por não ter fundos próprios positivos.

“Trabalho, trabalho, trabalho”. Foi isso que a ministra da Saúde, Marta Temido, prometeu na Assembleia da República para ultrapassar os vetos do Tribunal de Contas que impedem a conclusão das obras no bloco operatório do Hospital Distrital de Santarém (HDS), que estão suspensas desde Abril deste ano.
Na sua curta intervenção sobre o assunto, após ser questionada pelo deputado Duarte Marques (PSD) sobre como pensava resolver o problema, a ministra não deixou qualquer pista sobre que medidas pretende tomar para resolver o impasse causado pela recusa de visto do Tribunal de Contas a contratos celebrados pelo HDS para aquisição de bens e serviços, devido ao facto de o hospital ter fundos próprios negativos. Uma situação que, aparentemente, só se resolve com nova injecção de capital público no HDS.
O deputado Duarte Marques, eleito por Santarém, lembrou na sua intervenção que por quatro vezes o Governo “mentiu” no Parlamento ao dizer que o assunto estava ultrapassado. E lembrou que, “pelas informações recolhidas junto da nova administração do HDS, nem o aumento de capital de 18 milhões de euros nem o adiantamento de receitas de 16 milhões anunciados por escrito em resposta à pergunta parlamentar dos deputados do PSD se confirmou. Afinal foi tudo um embuste”.
Duarte Marques destacou que essa foi “a quinta ou sexta vez” que colocou essas questões ao Governo em debates na Assembleia da República. “É uma vergonha que num país como Portugal se esteja desde Abril para resolver um assunto desta natureza que se iniciou com o veto do Tribunal de Contas às obras no novo bloco operatório do HDS”, criticou o deputado, considerando que a solução mais eficaz e responsável “é pagar a dívidas do Governo ao Hospital Distrital de Santarém para que obras e restantes investimentos não continuem adiados” Notou.
Recorde-se que, desde Abril deste ano, registaram-se recusas de visto do Tribunal de Contas aos contratos para obras no bloco operatório, fornecimento de refeições e desmaterialização do processo clínico.

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