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Com o termómetro do stress a disparar é preciso parar e organizar
Empresa de André Matos está sediada numa antiga alfaiataria na Póvoa de Santa Iria

Com o termómetro do stress a disparar é preciso parar e organizar

A ID Training tem sete anos de história e a missão consiste em transformar pessoas e organizações através da formação, coaching e mentoria. André Matos, de 40 anos, é um dos sócios gerentes da empresa que tem como casa uma antiga alfaiataria da Póvoa de Santa Iria.

As pessoas têm de perceber que é preciso parar para pensar e planear antes de agir, pois só assim conseguem delinear objectivos e concretizá-los. Deixar-se cair na rotina e adiar aquilo que se quer atingir nunca é solução. A visão é deixada por André Matos, fundador e CEO da Identity Diversity (ID) Training. A sua missão é conseguir extrair o melhor de cada pessoa, demonstrando que a chave de ouro de qualquer organização está nos seus colaboradores.
Natural de Lisboa, fez o seu percurso académico até ao ensino secundário no Colégio Filipa de Lencastre. Seguiu-se a licenciatura em Química, no Instituto Superior Técnico de Lisboa, e um doutoramento que ficou por concluir, pelas voltas que a vida profissional foi dando. Começou por ser treinador da equipa de voleibol no Técnico de Lisboa, foi guia de exposição na Cordoaria Nacional, trabalhou no gabinete de apoio ao estudante e pelo meio fez um curso de voluntariado no Instituto de Solidariedade Universitário (ISU).
A partir daí a sua vida deu uma volta de 180 graus. Pôs a mochila às costas e viajou até à Guiné onde abraçou um projecto de voluntariado. “Foi uma experiência transformadora. Ali percebi que as pessoas precisam de nós no imediato e que o retorno do nosso trabalho é muito mais visível”, conta.
Depois de regressar a Portugal desenvolveu a sua carreira profissional em várias empresas de consultoria, a dar formação por todo o país, o que lhe permitiu aprofundar os seus conhecimentos até tomar a decisão de abrir a própria empresa. A ID Training nasceu em 2012 pelas mãos de André e da sua esposa, Ana Alves, inicialmente em Lisboa, até se sediar no centro urbano da Póvoa de Santa Iria, na antiga alfaiataria que pertenceu ao avô de Ana.
André Matos confessa que é competitivo e gosta de abraçar desafios. Ao começar a trabalhar com as primeiras empresas, quer na áera de formação, coaching ou mentoria, percebeu que era esta a sua vocação. “Cumpri o meu sonho de vida, sou extremamente realizado. Atirei-me a tudo sem hesitar, até chegar aqui, onde tenho a sorte de trabalhar com uma equipa excelente e ter o reconhecimento das empresas com as quais trabalhamos”, refere.
Certificado pela EFCoCert, no seu dia-a-dia dá formação a empresas, com recurso a metodologias inovadoras, nunca sem antes estudar aprofundadamente a realidade das empresas e seus colaboradores. A mentoria é outra das funções que desempenha, ajudando as pessoas a criar a sua empresa, num processo directo com recurso à sua experiência no plano dos negócios. “Geralmente quem procura são pessoas que estão descontentes com o seu trabalho e querem tornarem-se autónomas. E eu estou cá para lhes dar o processo de A a Z”, diz.

O trabalho não entra em casa
Do lado oposto da mentoria está o coaching. O que é e para que serve? André Matos explica: “É uma vertente mais individual, uma relação de um para um, onde ajudo a pessoa a atingir os seus objectivos profissionais e pessoais, sem nesse processo dar a minha opinião. O coach vai guiando a pessoa até esta encontrar o seu caminho”.
Com o nível de competitividade das empresas a aumentar sobe o termómetro de stress nos trabalhadores. “E é preciso baixar o ritmo e motivar a equipa”, alerta. É aqui que entra a parte mais divertida do seu trabalho, a de organizar eventos para os colaboradores e criar jogos de superação. “Caminham sobre tapetes de vidro ou fogo, partem barras de madeira onde escrevem os seus receios. E isto deixa-lhes uma âncora motivacional que pode ser usada internamente para atingirem os seus objectivos, diz e sublinha que “basta acreditar e nada é impossível”.
Trabalha com a esposa, mas antes de entrar em casa, limpam os pés e o trabalho fica à porta. “Se a vida acabasse a 31 de Dezembro não partiria com sonhos interrompidos, apenas com projectos inacabados para os quais trabalho todos os dias, naquela que é para mim a melhor empresa do mundo”, conclui.

Com o termómetro do stress a disparar é preciso parar e organizar

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