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Temos que continuar a trabalhar, não podemos ficar fechados em casa
Marília Rodrigues tem cartório aberto na Póvoa de Santa Iria desde 2007

Temos que continuar a trabalhar, não podemos ficar fechados em casa

Marília Rodrigues é notária na Póvoa de Santa Iria e um rosto conhecido da cidade. Diz que a pandemia não deve travar o país e que resiliência e calma são determinantes para que a vida continue.

A actual pandemia é simultaneamente um problema e uma oportunidade para que cada um se supere individualmente todos os dias. É preciso ser resiliente, mas ao mesmo tempo ter calma e confiar que o futuro, apesar de incerto, também trará coisas boas. A convicção é de Marília Rodrigues, notária na Póvoa de Santa Iria, que tem cartório aberto na Rua do Tejo, perto da Cercipóvoa.
“A pandemia é um desafio. É desgastante trabalhar nestas condições e sente-se que as pessoas andam nervosas e apreensivas. A função pública também não está a funcionar como estava antes, o que deixa as pessoas transtornadas por não conseguirem resolver alguns problemas”, nota.
Marília Rodrigues é uma mulher que sabe enfrentar desafios. Quando abriu o cartório, em 2007, a crise económica e financeira global estava a começar. Batalhou para crescer e conseguiu marcar a sua presença na cidade. “Agora que estávamos a alcançar alguma estabilidade chega outra crise. O nosso percurso não tem sido fácil, mas é preciso resiliência e calma. Não podemos entrar em stress. E no caso da doença não podemos entrar em pânico. Temos de continuar a trabalhar e não ficar só fechados em casa”, defende a O MIRANTE.
Marília Rodrigues nasceu em Monsanto, Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco. A sua ligação à Póvoa de Santa Iria chegou quando veio estudar para Lisboa e o irmão adquiriu casa na cidade ribatejana. Veio para a Póvoa e apaixonou-se pela terra. Entretanto constituiu família e já se vê como uma natural da cidade. “Não sou pessimista e tenho esperança no futuro e que as coisas vão continuar a melhorar. Pode não ser fácil e demorar, mas vamos conseguir”, garante.
Profissionalmente sempre foi notária, não contando os pequenos trabalhos que teve para ajudar a ganhar alguns trocos na juventude. Para a notária, o rigor é muito importante. “Temos de ter sempre muita atenção. À mínima falha poderemos estar a pôr em causa um acto. É um trabalho muito minucioso”, diz a mulher para quem a honestidade e a integridade são os valores fundamentais. Quando Marília entende que algum processo pode correr mal e que não consegue realizar determinado tipo de acto, prefere aconselhar os clientes a procurar outros profissionais da região do que arriscar a fazer um mau trabalho.
Faz todos os tipos de escrituras públicas, incluindo de compra e venda, habilitações de herdeiros, constituição de hipotecas, concessão de empréstimos, testamentos, reconhecimento de assinaturas e autenticação e certificação de documentos. Também certifica traduções e promove registos, como automóvel, comercial e predial.
A desonestidade tira-a do sério e confessa não viver bem com isso. “Quando não vejo humildade nos outros por vezes até me chateio e chego a dizer coisas desagradáveis. Sinto-me enraivecida com a falta de humildade e arrogância de algumas pessoas”, confessa.

Temos que continuar a trabalhar, não podemos ficar fechados em casa

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