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“Leio muito porque gosto de estar actualizado  e de saber como vai o mundo”
José Branco, em primeiro plano, junto das filhas Elisabete e Maria João e de Filipe na Sociedade Scalabitana de Mediação de Seguros

“Leio muito porque gosto de estar actualizado  e de saber como vai o mundo”

José Branco nasceu há 80 anos em Lamarosa, Abitureiras, no concelho de Santarém. Entrou na actividade dos seguros por mero acaso, mas é aí que se sente realizado profissionalmente. Hoje trabalha com as filhas Maria João e Elisabete, “com muito gosto”, na Sociedade Scalabitana de Mediação de Seguros que criou em 1990. Gosta de ler, de viajar e de ver os jogos do Benfica, embora confesse que não é adepto de vibrar com o futebol.


Os meus pais eram agricultores. O meu pai tinha um pequeno negócio de comércio de feno, palha, azeitona e outros cereais. Faleceu com 49 anos num acidente de viação em Vila Chã de Ourique. Tenho o 2º ciclo incompleto pois, como trabalhava de dia e estudava à noite, não tinha tempo disponível para continuar os estudos. As minhas férias na infância foram poucas, mas fui algumas vezes à Nazaré e na adolescência fui ao Algarve, às termas de S. Pedro do Sul e a Benidorm.
Vivo em Abitureiras mas morei cerca de 20 anos em Santarém. Sendo uma cidade histórica e muito bonita, é necessário criar condições para atrair mais pessoas, tanto para revitalizar e dinamizar o centro histórico, como para atrair empresas para criação de empregos. Deixa-me muito satisfeito saber que já foram adjudicadas algumas obras de requalificação.
Entrei na actividade dos seguros por mero acaso. Em Julho de 1968 respondi a um anúncio num jornal onde uma seguradora pretendia recrutar um agente. Fui seleccionado para trabalhar na Companhia de Seguros Previsão. Tive alguma formação e comecei por fazer contratos a amigos, que foram os meus primeiros clientes. Passado cerca de um ano, fui convidado para fazer parte dos quadros da companhia. Aceitei, passando assim a técnico comercial, trabalho de grande responsabilidade. Com o empenho que sempre dediquei a tudo, dei início ao trabalho que preencheu a minha vida profissional, penso eu, com grande sucesso.
Como tinha ambição de trabalhar por conta própria, negociei a minha saída da Previsão. Constituí a Sociedade Scalabitana de Mediação de Seguros, Lda. em 31 de Dezembro de 1990. Isto depois de a Previsão ter sofrido várias fusões e ter sido incorporada na Fidelidade, onde fui chefe de equipa e, posteriormente, gerente da dependência de Santarém.
Gosto de trabalhar com a família. De vez em quando surgem algumas questões, mas com regras, responsabilidade e rigor fazemos um bom trabalho. Trabalho com as minhas filhas, com muito gosto, inicialmente com a Maria João, que na altura tinha finalizado os estudos e, posteriormente, em 2003, com a Elisabete, que devido ao volume de trabalho também integrou a equipa. Em 2012 o Filipe, nosso funcionário, juntou-se a nós, ficando assim completa a equipa da Scalabitana. Actualmente, devido à pandemia, venho ao escritório três vezes por semana.
A Scalabitana faz todo o tipo de seguros mas predominam o seguro automóvel e de saúde. Com a pandemia nota-se uma subida na procura dos seguros de saúde mas também são visíveis as dificuldades financeiras que por vezes não permitem contratar este seguro.
Leio muito, porque gosto de estar actualizado e de saber como vai o mundo. Tenho animais e uma pequena horta, o que me distrai e me mantém ocupado, mas também permite uma maior qualidade nos alimentos que a família consome. As viagens que fiz e que mais gostei foram no nosso país, principalmente ao Norte, região de uma beleza extraordinária com locais históricos e culturais únicos. Fora de Portugal gostaria, logo que fosse possível, de visitar Israel.
Não sou um adepto de vibrar, assisto aos jogos com tranquilidade. Gosto de futebol. O meu clube é o Sport Lisboa e Benfica e durante muitos anos assisti aos jogos no estádio. Fui caçador, era o meu desporto favorito, pela prática e porque permitia o convívio com amigos.
Sempre colaborei com as várias associações da minha freguesia. Fiz parte de um grupo de pessoas que fundou o Centro de Convívio Cultura e Desporto de Abitureiras, erguido com donativos de várias empresas, particulares e entidades governamentais, sendo inaugurado pelo Presidente da República General Ramalho Eanes, em Abril de 1977. Pertenci cerca de 20 anos aos órgãos sociais, como presidente da direcção, presidente do conselho fiscal e presidente da assembleia-geral, o que na altura era muito exigente uma vez que tínhamos vários escalões de futebol e outros desportos. Em 1986 foram efectuadas obras de remodelação, criando condições para abertura da farmácia, que continua em funcionamento. Colaborei também com a Associação de Caçadores das Abitureiras, como vice-presidente, e durante 11 anos fiz parte do Centro de Apoio à Família, que funciona como centro de dia da freguesia.
As leis são iguais para todos. Vivemos em democracia mas a aplicação das leis não segue as mesmas regras. Como sabemos, a capacidade financeira dos mais ricos permite obter outras regalias com os serviços de bons advogados, o que não é acessível aos que têm menos posses.
Na minha opinião o voto deveria ser obrigatório. Seria o modo de colocar maior pressão sobre os órgãos de soberania, uma maior exigência e respeito pelo povo. Sendo a abstenção uma grande fatia do eleitorado não há uma posição clara quanto à expressão pública.

“Leio muito porque gosto de estar actualizado  e de saber como vai o mundo”

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