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“A solução em fisioterapia é pensada à medida, não há um sapato para todos”
Marianne Faria junto da clínica de Santarém, na urbanização de São Roque

“A solução em fisioterapia é pensada à medida, não há um sapato para todos”

Marianne Faria, 33 anos, é gestora das clínicas Rui Faria em Santarém, Leiria, Alcanena e Aveiro.

Formada em Sociologia, com especialização em Educação, Marianne adquiriu conhecimentos de gestão na empresa de sistemas de rega dos pais, perto de Toronto, no Canadá. Veio para Portugal por amor e gere as clínicas Rui Faria há cinco anos. O espaço de Alcanena foi o primeiro desafio. Entretanto surgiram mais três, o último em Santarém, no ano passado.

Marianne nasceu no Canadá, perto de Toronto, e está em Portugal há seis anos. Chegou em Junho de 2015 e casou no mês seguinte com o fisioterapeuta Rui Faria. “Foi uma história de amor”, conta enquanto pede para ser chamada de Mariana para não haver confusões nem ser conotada como “a emigrante”.
Juntos abriram três clínicas Rui Faria, a primeira em Alcanena, a segunda em Aveiro e a terceira em Santarém, tendo ainda remodelado a clínica dos pais de Rui em Leiria, cidade onde moram. Mariana está encarregue da gestão dos espaços. A semana é dividida pelas diversas clínicas. Às segundas e sextas está em Leiria, às terças e quintas em Santarém e às quartas em “todo o lado” a tratar da gestão, bancos, reuniões, encomendas e tudo o que for necessário, conta a O MIRANTE entre risos. Chegou a fazer Aveiro de manhã e Leiria à tarde, antes deste espaço ser gerido por um sócio. Confessa que fazer muitos quilómetros não a assusta, afinal vem de um dos maiores países do mundo.
O espaço de Alcanena foi o primeiro desafio como casal. A localização foi escolhida porque havia um bom cliente da clínica de Leiria que se deslocava de Alcanena para ser tratado e desafiou Rui a abrir uma clínica mais perto. “Verificámos que nesta região não havia muita oferta de fisioterapia, existia endireita e massagista, mas não era o que queríamos oferecer”, refere Mariana, acrescentando que foi uma atitude muito ponderada.

“Passamos mais tempo no trabalho do que em casa”
Desde então têm crescido para locais onde sentem que há uma lacuna nos serviços de fisioterapia. “Um dos funcionários da clínica de Leiria vinha de Aveiro e sugeriu a abertura de uma clínica lá. Em Alcanena atendíamos muitas pessoas de Santarém e por isso resolvemos abrir clínica na cidade, é a mais recente, abriu em 2020”, conta. Têm um total de 10 fisioterapeutas e gostam de investir neles para que se sintam integrados como numa família. “Passamos mais tempo no trabalho do que em casa, é importante que nos sintamos bem no local de trabalho”, realça a gestora. Apesar da pandemia, Mariana salienta que o negócio corre bem. Nota que as pessoas mais idosas se têm resguardado mais e ficam em casa, e que as cirurgias estão em pausa, excepto os casos urgentes, mas chegaram outros pacientes que sofreram quedas em casa ou fizeram entorses a sair da cama ou a praticar exercício físico. “Basta mexermo-nos para haver desastres, costumo dizer a brincar que o mal dos outros é o nosso bem. Tentamos sempre que o mal não seja tão mau, por isso temos espaços agradáveis e um bom atendimento”. Para o garantir, Mariana está em cada clínica desde o primeiro dia de obras. Ajuda na canalização e na parte eléctrica, ensinamentos que o pai lhe deu, e faz questão de ser ela a tratar dos últimos detalhes como a colocação de torneiras ou de candeeiros e a montagem do mobiliário.
Nas clínicas Rui Faria fazem também trabalho de prevenção e reeducação postural e tratamentos pré-operatórios de fortalecimento muscular. De acordo com Mariana, investe-se cada vez mais em prevenção, mas a mentalidade de que a dor se resolve com medicamentos ainda não passou. O que também é difícil de combater é a ideia de que a cura chega com uma ou duas sessões de tratamento. “A solução em fisioterapia é pensada à medida de cada pessoa, não há um sapato para todos”, remata.

“A solução em fisioterapia é pensada à medida, não há um sapato para todos”

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