Jogos tradicionais mostraram-se em Rio Maior e Santarém
A 22ª Assembleia-Geral da Associação Europeia de Jogos Tradicionais decorreu no Ribatejo com um programa que envolveu demonstrações de jogos tradicionais europeus.
O Jardim da República, em Santarém, foi palco de um Festival de Demonstrações de Jogos Tradicionais Europeus. Na tarde de sábado, 14 de Outubro, optou-se por escolher um conjunto de jogos tipicamente ribatejanos. O lançamento de uma mona, peão com dois bicos, a badalada e o chinquilho foram alguns dos jogos praticados.
A actividade decorreu no âmbito da 22ª Assembleia-Geral da Associação Europeia de Jogos Tradicionais, organizada pela Federação Portuguesa de Jogos Tradicionais e pela Federação de Colectividades Cultura Recreio e Desporto do distrito de Santarém, tendo contado com o apoio dos municípios de Rio Maior e Santarém, cidades onde decorreram as diversas iniciativas.
Augusto Figueiredo, vice-presidente da Federação Portuguesa de Jogos Tradicionais, marcou presença na tarde de sábado no Festival de Demonstrações de Jogos Tradicionais Europeus, tal como o presidente da Associação Europeia de Jogos Tradicionais e o presidente da Associação Mundial de Jogos Tradicionais. “O jogo tradicional é cultura, é identidade e também é soberania dos povos”, referiu Augusto Figueiredo.
O jogo tradicional trata-se de socialização, de superação, de escutar o outro e acima de tudo de movimento, uma componente essencial da natureza humana na óptica de Augusto Figueiredo, 65 anos. A falta de uma figura que regule os jogos implica que os próprios jogadores sejam os próprios juízes. “Não há nenhum jogo no mundo, a não ser o jogo tradicional, que possa ser jogado por um bisneto e por um bisavô”, indica o responsável, adicionando que o jogo tradicional é a plenitude da igualdade, a plenitude da intergeracionalidade e a plenitude da inclusão.