Sociedade | 08-12-2011 00:43

Comissão de Utentes da A23 do Médio Tejo apela ao boicote e ao protesto

A Comissão de Utentes da A23 do Médio Tejo apelou esta quarta-feira ao boicote na utilização desta estrada e “ao protesto, ao buzinão, ao entupimento das vias urbanas que o Governo aponta como ‘alternativas’”.Em comunicado emitido na véspera da entrada em vigor do pagamento de portagens nas antigas SCUT, a comissão sublinha que só resta aos cidadãos mostrar a sua “indignação contra os que não souberam honrar os interesses das populações do distrito [de Santarém], quer no Poder Local, quer na Assembleia da República”.Lembrando que o troço da A23 entre Abrantes e a A1 corresponde ao antigo Itinerário Principal 6 (IP6), a comissão lamenta que “alguns eleitos tenham andado a ‘encanar a perna à rã’”.Para os elementos desta comissão, “as receitas imediatas das portagens nunca poderão compensar os prejuízos acumulados para as regiões do interior e para o país, no seu todo, e o retrocesso económico e social daí resultante”.A introdução de portagens na A22 (Algarve), A23 (Beira Interior), A24 (Interior Norte) e A25 (Beira Litoral/Beira Alta), consideradas até aqui como vias sem custos para o utilizador (SCUT), entra em vigor na quinta-feira.A comissão recorda que a não aplicação de portagens nas chamadas SCUT “foi sempre justificada com a necessidade de compensar as regiões do interior do país com medidas de discriminação positiva tendo em conta as manifestas assimetrias regionais existentes”.No seu entender, “a introdução de portagens nas vias em causa terá consequências profundamente negativas para as populações e para o tecido económico das regiões atingidas, com efeitos inversos aos dos propósitos da criação das SCUT: exclusão, desertificação, despovoamento e o empurrar das regiões raianas para a área económica de Espanha”. A Comissão de Utentes da A23 Médio Tejo entende que é possível evitar “a imposição dessa medida injusta” se a população “se mantiver unida, boicotando a utilização da A23, manifestando, buzinando, entupindo as impropriamente chamadas vias ‘alternativas’ ”.No seu entender, em diversos troços é inevitável a utilização da A23, já que esta “foi construída sobre os anteriores itinerários” ou obriga a circular no interior de localidades ou em estradas “quase intransitáveis”.A comissão pede aos deputados do distrito para apoiarem a iniciativa do PCP, que vai requerer a apreciação parlamentar do decreto-lei que institui as portagens nestas vias.

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