Sociedade | 31-12-2011 14:36

Presidente da câmara desmente boato sobre chegada maciça de ciganos ao Entroncamento

O boato que corre no Entroncamento há algumas semanas relativo a uma iminente chegada de famílias ciganas ao Entroncamento para ocuparem as casas do bairro Camões não passa de uma mentira. A garantia é dada pelo presidente da câmara municipal, Jaime Ramos (PSD)."Nunca houve qualquer contacto com a câmara municipal para receber famílias carenciadas, ciganas ou não, e mesmo que tivesse havido não havia disponibilidade da nossa parte. Temos cerca de duas centenas de habitações sociais. Chega-nos e sobra. O que foi posto a circular é uma completa mentira", disse o autarca a O MIRANTE.O boato tanto é contado com referência a famílias ciganas como a famílias do Bairro da Cova da Moura em Lisboa. Jaime Ramos diz que bastaria as pessoas pensarem um pouco para perceberem que se trata de uma falsidade. "À medida que o bairro das pré-fabricadas foi sendo desocupado a câmara desmantelou aquelas casas e está a fazer o mesmo com habitações consideradas irrecuperáveis existentes no bairro Frederico Ulrich (outro bairro social). Como é que iríamos agora aceitar pessoas vindas de outras localidades?"O bairro Camões, um antigo bairro ferroviário datado de 1926 e situado junto aos quartéis, está praticamente desocupado e muitas casas, para não serem vandalizadas, têm as janelas e portas tapadas com tijolos. "Contactei a administração da Refer Património, empresa proprietária do bairro, no sentido de saber se tinham cedido as habitações a alguma entidade. Quando mencionei o boato até se riram de tão bizarro que ele é", confessou o presidente da câmara.Esta não é a primeira vez que corre no Entroncamento um boato sobre a ida para a cidade de um grande número de famílias ciganas. Em Abril de 2006 o presidente da câmara apresentou queixa contra desconhecidos que fizeram circular via correio electrónico, um boato em que era dito que a câmara tinha aceite receber ciganos de toda a região. Os autores foram identificados e, já em 2008, na sequência de um acordo judicial foram condenados a pedir desculpas públicas ao autarca através de e-mail enviado à população e anúncios publicados na imprensa.

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