É necessário educar população para eliminar tuberculose
Distrito de Santarém com poucos casos em relação ao resto do país.
O distrito de Santarém tem tido números baixos de doentes com tuberculose e um dos principais motivos é o facto de ser um meio mais rural, sendo que esta doença se propaga mais facilmente em meios com grande densidade demográfica.
Entre 2011 e 2015 surgiram 326 novos casos em todo o distrito de Santarém. Os concelhos com maior predominância da doença foram Santarém e Abrantes, com 65 e 51 casos, respectivamente. A taxa de mortalidade regista-se nos 7,7 por cento e a taxa de sucesso da doença é de 91,7%.
Os dados foram revelados por José Miguel Carvalho, médico pneumologista, coordenador do Programa de Tuberculose de Santarém, durante a sessão pública, intitulada "Vencendo a Tuberculose", que decorreu no auditório da Escola Superior de Saúde de Santarém para assinalar o Dia Mundial da Tuberculose.
A coordenadora do Programa Nacional para a Infecção VIH/sida e Tuberculose, Raquel Duarte, que foi uma das oradoras da sessão pública, referiu que, apesar dos números serem baixos, a tuberculose é uma doença que não devia existir uma vez que há tratamento, há prevenção disponível e há meios para a sua detecção.
"É possível eliminar a tuberculose mas para isso temos que fazer mais do que estamos a fazer actualmente. Temos que educar a população, melhorar a adesão ao tratamento e identificar pessoas expostas à doença e em risco. Se trabalharmos todos em conjunto conseguimos, de facto, eliminar a tuberculose", afirmou.
* Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.