Sociedade | 20-07-2017 15:59

Museu Ferroviário abate primeira automotora eléctrica

Museu Ferroviário abate primeira automotora eléctrica
ENTRONCAMENTO

Petição pública aponta responsabilidades ao museu e à CP pela sua degradação

O Museu Nacional Ferroviário autorizou o abate da primeira automotora eléctrica produzida em Portugal, que está “completamente destroçada” devido ao vandalismo, decisão criticada pela Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos de Ferro pelo “grande interesse museológico” da peça.

A Unidade Tripla Eléctrica (UTE-2001), que faz parte do primeiro lote de automotoras eléctricas que entraram ao serviço nos anos 50, construídas pela então Sorefame Metalomecânica Portuguesa, vai ser abatida até ao final desta semana nas instalações da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, no Entroncamento.

“Essa peça está completamente destroçada. Aquilo está completamente desfeito. Na opinião dos técnicos, devidamente fundamentada, essa unidade já não reúne o mínimo de condições para ser incorporada na coleção do museu” justifica o presidente da Fundação Museu Nacional Ferroviário (FMNF), Jaime Ramos, acrescentando que o parecer técnico foi solicitado pela CP – Comboios de Portugal, em Dezembro de 2015.

O presidente da FMNF explicou que a UTE-2001 foi protocolada com a CP em 2010, ano em que a automotora já se encontrava nas linhas junto da Fernave [antigo centro de formação para ferroviários], no Entroncamento.

Uma petição pública ‘online’ entretanto lançada contra o abate da automotora aponta responsabilidades ao museu e à CP pela sua degradação: “Um aspecto em que a FMNF e a CP falharam, foi movê-la das linhas ao pé do museu para a linha da morte, nas imediações da Fernave”, refere petição, salientando que essas linhas férreas são de fácil acesso e nas quais ocorrem recorrentes atos de vandalismo.

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