Corpo de emigrante retido há dois meses na Guiné-Bissau já chegou a Rio Maior
Transporte do corpo de Hélder Gomes, de Asseisseira, Rio Maior, esteve envolto em burocracias e peripécias
O corpo do emigrante Hélder Gomes que estava retido na Guiné-Bissau desde 12 de Fevereiro, quando morreu num acidente, já chegou a Portugal e o funeral realiza-se este sábado, 21 de Abril, às 16h45 em Rio Maior.
A situação do transporte do corpo de Hélder Gomes, de Asseisseira, Rio Maior, esteve envolta em burocracias e peripécias. Primeiro o corpo não foi transportado para Portugal por falta de autorização para transporte do corpo, uma vez que a companhia aérea não estava licenciada para este serviço, depois porque não havia máquina de Raio X própria para estas situações no aeroporto guineense.
Hélder Gomes faria 52 anos no dia 1 de Abril. Sofreu um acidente quando seguia na caixa de carga de uma carrinha todo-o-terreno e caiu, batendo com a cabeça no chão. Esteve internado num hospital guineense e teve alta hospitalar. Ficou hospedado num hotel perto do hospital, segundo conta a família, para o caso de ser necessária assistência rápida. E foi nesse quarto que acabou por falecer quando se sentiu mal. O manobrador de máquinas tem quatro filhos com 23, 25 e 30 anos e a mais nova com 12 anos.
Ao longo do tempo a família desdobrou-se em contactos para tentar desbloquear a situação, tendo inclusivamente recorrido à Presidência da República de Portugal. A entidade patronal de Hélder Gomes pagou cerca de 6400 euros para que o corpo fosse transportado para Portugal. Mas como era preciso ser transportado a partir de Dakar, onde havia máquina de Rx, era necessário pagar mais. A Câmara de Rio Maior disponibilizou-se para ajudar.