Em Samora Correia, José Salvador é visto como um homem de cultura e elemento dinamizador, com enorme força e querer. Iniciou-se no mundo do associativismo com apenas 13 anos, entrando para o primeiro Rancho Folclórico de Samora Correia. A partir daí nunca mais se desligou das associações da freguesia e essa dedicação foi reconhecida com a entrega do Prémio Carlos Gaspar, instituído pela Junta de Freguesia de Samora Correia.

José Salvador foi baterista na banda “Carlos Manuel e o seu conjunto”, pertenceu ao Grupo Desportivo de Samora Correia e foi fundador da ARCAS e da Rádio Iris. Foi ainda elemento da comissão das obras de restauro da Igreja Matriz de Samora Correia.

Obras e testemunhos não lhe faltam mas José Salvador diz não gostar das luzes da ribalta. “Gosto de viver! A causa pela qual lutei sempre foi a minha terra”, disse em palco. Com o prémio nas mãos e voz trémula, ofereceu o troféu à memória de Carlos Gaspar, afirmando que “ele merece tudo isto”.

A plateia aplaudiu-o em pé, por diversas vezes, durante o seu discurso, que terminou com um apelo: ”Aos nossos jovens digo que têm muito a aprender com os mais velhos. E estes também têm muito a aprender com os jovens. Temos muita gente com talento na nossa terra, por isso trabalhem com todos”, referiu José Salvador acrescentando que sempre gostou de trabalhar com os mais novos e que sempre aprendeu muito com eles. Antes de retomar o seu lugar na plateia, agradeceu, por último à família, que ali estava presente: “Pelas horas que lhes roubei, em prol da minha terra”.

* Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.