Sociedade | 19-10-2018 12:06

Mulheres também pescam e amanham a terra

Mulheres também pescam e amanham a terra
Guilhermina Carvalho nunca se intimidou de meter as mãos na terra

Emília Sequeira fez-se pescadora aos nove anos para ajudar a sustentar a família. Guilhermina Carvalho meteu as mãos na terra aos sete anos e nunca mais parou.

Emília Sequeira é a mulher que içava as redes, vendia o peixe nas ruas de Vila Franca de Xira e cuidava de quatro filhos. O rio Tejo não a fez rica, mas é dele que lhe vem a saudade das noites aflitas em que era embalada pelas águas agitadas. Nasceu entre redes e barcos de pesca, uma menina no meio de nove irmãos. Natural de Salvaterra de Magos, tornou-se pescadora aos nove anos para ajudar a sustentar a família que vivia exclusivamente do que o Tejo lhe dava.


Hoje, aos 72 anos, já não arrisca enfrentar os tormentos de outrora, mas todos os dias deixa a sua casa, na Praia dos Pescadores, na Póvoa de Santa Iria, e vai até ao cais ver os pescadores a partir e a atracar. “Já corri tanto atrás da maré. Agora vejo tudo ao longe, na minha cabeça e imagino que me estou a preparar para entrar no mar”, conta Emília.

Emília Sequeira nasceu entre redes e barcos de pesca

Olhando para os cativantes olhos azuis e o sorriso constante de Guilhermina Carvalho, 66 anos, ninguém diria que a agricultora já teve de passar por momentos muito difíceis. Primeiro o cancro do marido, diagnosticado aos 44 anos e, passados sete anos, a morte, obrigando-a a arregaçar ainda mais as mangas para que não faltasse nada em casa. Talvez por isso, os seus dois filhos, ambos agricultores de profissão, sintam grande orgulho da mãe.

Notícia desenvolvida na edição em papel já nas bancas

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