Moradores manifestam-se na reunião de câmara de Torres Novas contra Fabrióleo
Populares do Carreiro da Areia dizem que já não suportam os maus cheiros.
Duas dezenas de habitantes do Carreiro da Areia, Torres Novas, manifestaram-se contra a empresa Fabrióleo esta terça-feira, 5 de Fevereiro, na reunião pública da câmara municipal. Em causa estão as recentes notícias de que a Fabrióleo pode, por determinação do Tribunal Administrativo Fiscal de Leiria, continuar a laborar sem ter que obedecer à ordem de encerramento de actividade decretada pelo IAPMEI em Janeiro de 2018.
Os populares dizem que já não suportam os maus cheiros e falam também dos perigos da poluição que se alastra da Ribeira da Boa Água ao rio Almonda e consequentemente ao rio Tejo.
António Gameiro (que na foto segura o cartaz) diz que já foi obrigado a mudar de residência. Como ele também outros habitantes da localidade gostariam de abandonar o local, mas temem não conseguir vender as habitações.
Carlos Ramos, vereador com o pelouro do ambiente, afirma que a poluição em causa pode colocar em risco a vida humana e reforça que o município está em negociações com a Secretaria de Estado do Ambiente com o intuito de resolver o problema.
A Fabrióleo é uma empresa de recolha e reciclagem de óleos provenientes da hotelaria, restauração e cantinas, de todo o país, instalada no Carreiro da Areia há mais de quarenta anos. Nela trabalham cerca de 80 colaboradores.