O Hospital Distrital de Santarém (HDS) vai deixar de usar o boco operatório do Centro Hospitalar do Médio Tejo em Torres Novas a partir de 1 Junho. O fim da parceria prende-se com o facto de o novo bloco operatório de Santarém ficar pronto a funcionar em Outubro, após dois anos de obras envoltas também em algumas peripécias, como a paragem dos trabalhos devido ao facto do Tribunal de Contas não ter dado o visto ao contrato de instalação dos sistemas de climatização.

Segundo o conselho de administração do HDS, durante o tempo de utilização das instalações de Torres Novas foram operados pelos profissionais da unidade de Santarém 1304 doentes da zona da Lezíria do Tejo. As pessoas sujeitas a cirurgias eram maioritariamente dos concelhos de Santarém, Cartaxo, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Almeirim, Coruche e Alpiarça.

Para a administração, as sinergias criadas nesta parceria, que permitiram minimizar os constrangimentos no acesso às cirurgias pelos doentes servidos pelo Hospital de Santarém e fazer uma ocupação mais racional do bloco de Torres Novas, são uma mais-valia e “uma demonstração da vitalidade do Serviço Nacional de Saúde”.

A cooperação entre as unidades de saúde teve custos para o Hospital de Santarém, que teve de gastar cerca de cinco milhões de euros, dos quais a maior parte foi para pagar o aluguer das salas de operações, que rondou os 2,7 milhões. O segundo custo mais elevado teve a ver com o pagamento de remunerações adicionais às equipas cirúrgicas, que totalizaram cerca de 960 mil euros.