Obesidade pode ser um peso mas há quem a encare de forma leve
Dia Internacional de Luta Contra a Obesidade assinala-se a 18 de Maio.
De acordo com o “Retrato da Saúde em Portugal 2018”, promovido e coordenado pelo departamento epidemiológico da DGS, são os indivíduos menos escolarizados quem apresenta maior prevalência de excesso de peso e de obesidade abdominal. O mesmo estudo revela que apenas 41,8% dos cidadãos apresenta uma prática regular de actividade física, desportiva e/ou de lazer.
A propósito do Dia Internacional de Luta Contra a Obesidade, que se assinala a 18 de Maio, falámos com o conhecido massagista, que não passa despercebido nas ruas de Santarém pela sua corpulência mas também pela sua boa disposição. António Mónica toda a vida lidou com desportistas. Chegou também a jogar futebol e integrou o Grupo de Forcados Amadores do Ribatejo. Há cerca de dez anos uma lesão num joelho fê-lo abrandar. Desde então já fez cinco cirurgias e colocou uma prótese.
Na cidade é conhecido e respeitado por todos. “Os amigos dizem-me que estou mais gordo e que tenho que correr ou caminhar, mas sabem que são actividades complicadas para mim”, admite. O neto chama-lhe gordinho, carinhosamente, e António, apesar de se preocupar um pouco com o peso, confessa que isso não lhe tira o sono. “Sou uma pessoa saudável, ainda esta semana fui dar sangue pela 75ª e última vez, na Cruz de Cristo, na Portela”. Não tem colesterol nem tensão arterial alta. Come e bebe moderadamente, mas revela que, uma vez por outra, “salta as varolas”.
Uma vez por outra são todas as quartas e sextas-feiras. À quarta junta-se ao Grupo das Quartas e à sexta à Confraria do Avental. Ambos os grupos reúnem uma dúzia de amigos que se juntam nestes dias para uma boa almoçarada. António confessa que é um bom garfo. “Quando era jovem era magro, metade do que sou agora”, conta sorridente a
O MIRANTE. Hoje sente limitações, mas admite que também chegaram com a idade e não só com o peso ou volume. Não tem a mesma agilidade de outros tempos mas, apesar de já se ter reformado, gostaria de continuar a fazer massagens e a sentir o cheiro do balneário. Mesmo não sendo o peso uma questão muito “pesada” na sua vida quotidiana, desabafa que se tivesse uma varinha mágica que o fizesse voltar à figura elegante da juventude não hesitava em usá-la.
O que é o Índice de Massa Corporal
A forma mais comum de quantificar a obesidade é através do Índice de Massa Corporal (IMC), que relaciona o peso corporal com a altura através da fórmula: IMC = peso a dividir pela altura (ao quadrado). Quando o resultado desta divisão for superior a 35, considera-se que uma pessoa tem obesidade grave, podendo subir ainda para obesidade mórbida e super-obesidade.
Um desafio para a saúde pública
O excesso de peso e a obesidade são dois factores de risco que mais contribuem para a carga de doença dos portugueses. São dos maiores desafios da saúde pública em Portugal e na Europa, onde se estima que cerca de metade da população tenha excesso de peso. A obesidade é uma doença crónica e caracteriza-se pela presença de uma quantidade excessiva de gordura no organismo. Os prejuízos para a saúde podem ser directos (por exemplo a nível do bem-estar e do desempenho físico) ou indirectos (aumento do risco de ocorrência de doenças graves).