Sociedade | 29-06-2019 10:00

Inspecção Geral de Educação investiga suposta agressão de professora a aluno na Golegã

Inspecção Geral de Educação investiga suposta agressão de professora a aluno na Golegã
GOLEGÃ

O caso passou-se na EB 2, 3 Mestre Martins Correia. A Inspecção Geral de Educação e Ciência já questionou o agrupamento sobre as diligências efectuadas. A mãe da criança apresentou queixa contra a professora na GNR.

A Inspecção Geral de Educação e Ciência (IGEC) está a investigar uma suposta agressão por parte de uma professora a um aluno de 11 anos, que frequenta o 5º ano da Escola Básica 2,3 Mestre Martins Correia, na Golegã. A autoridade solicitou por e-mail ao Agrupamento de Escolas da Golegã, Azinhaga e Pombalinho informações sobre as “diligências tomadas para apurar os factos” e as “medidas entretanto tomadas” sobre o caso. O e-mail, a que O MIRANTE teve acesso, foi enviado no dia 11 de Junho, com carácter de “urgência”.

O aluno queixa-se de ter sido agredido pela professora de Ciências Naturais e impedido de voltar a entrar na sala de aula, no dia 3 de Junho, depois de se ter ausentado para ir à casa-de-banho com o consentimento da docente. No regresso terá sido questionado pela docente, onde tinha ido, o aluno terá respondido que tinha ido à casa-de-banho, tal como lhe tinha pedido. Segundo referiu a O MIRANTE Catarina Duarte, mãe da criança, a docente terá agarrado o aluno pelo braço “agressivamente” e colocou-o fora da sala de aula, pegou nos cadernos e na mochila que terá atirado para fora da sala de aula.

Catarina Duarte referiu que o filho chegou nesse dia a casa marcado num braço e com alguns pertences danificados, nomeadamente um telemóvel. Durante todo o dia nada foi comunicado à mãe. “Ninguém me avisou do que se tinha passado, só soube ao fim da tarde quando o meu filho chegou a casa e me contou”, referiu Catarina Duarte.

Ainda no mesmo dia, após a suposta agressão, a turma tinha a disciplina de Cidadania, com a mesma professora. O aluno pediu para entrar e a docente, mais uma vez, não terá permitido. “Disse-lhe que se entrasse voltaria a bater-lhe e informou-o que iria marcar uma falta disciplinar”, conta a mãe.

A encarregada de educação tentou entrar em contacto com a direcção da escola e com a direcção do Agrupamento de Escolas de Golegã, Azinhaga e Pombalinho, nesse mesmo dia, mas sem sucesso. No dia seguinte (4 de Junho) voltou a ligar para solicitar uma reunião com a professora em causa e com a direcção da escola. “Até hoje não vi essa professora e já passou quase um mês. Não houve uma palavra, um contraditório, nada”, lamenta a mãe, que apresentou queixa contra a professora, na GNR e o processo encontra-se em averiguação.

A criança tem acompanhamento no Hospital Distrital de Santarém por uma psicóloga, há dois anos, por sofrer de um distúrbio de défice de atenção e hiperactividade. Desde os oito anos que toma medicação para o acalmar. “Ele sempre foi muito irrequieto, mas teve sempre a compreensão de todos os professores e auxiliares da escola quer no Pombalinho, onde frequentou o jardim-de-infância, quer depois na escola na Golegã. Só com esta professora é que houve problemas. Não tenho culpa que não haja respostas adequadas ao nível educativo para casos como o do meu filho. Mas chegar ao ponto de agredir é demais”, lamenta Catarina Duarte.

O MIRANTE contactou a presidente da direcção do Agrupamento de Escolas de Golegã, Azinhaga e Pombalinho, Lurdes Pires, que referiu apenas que o caso está a ser “tratado pelas entidades competentes”.

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