Sociedade | 23-08-2019 12:14

Açude no rio Sorraia começou a ser demolido

Açude no rio Sorraia começou a ser demolido
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Associação de Beneficiários da Lezíria Grande iniciou a 22 de Agosto a demolição do açude construído em Julho para assegurar a rega de mais de 10 mil hectares.

O açude construído no rio Sorraia a 24 de Julho pela Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira (ABLGVFX) para assegurar o sistema de irrigação dos campos agrícolas e evitar a perda total das culturas ali existentes, começou a ser demolido. De acordo com Joaquim Madaleno director executivo da ABLGVFX, os trabalhos tiveram início ontem, 22 de Agosto, e deverão prolongar-se pelo dia de hoje. Segundo o responsável, desde o início da construção se tinha apontado o final do mês de Agosto como altura para a remoção, o que se está a verificar uma vez que os cultivos, nomeadamente o do tomate, já estão na fase de colheita e não requerem tanta água de regadio.

Joaquim Madaleno refere a O MIRANTE que a associação aproveitou a altura das marés mais pequenas para executar os trabalhos de remoção do açude. “As marés rondam agora os 2,80 metros, quando podem atingir até um máximo de 4,30 metros, esta é a altura ideal para os trabalhos em causa”, defende.

Recorde-se que o açude foi a solução encontrada pela associação para combater os níveis preocupantes de salinidade da água (acima dos 1,8 gramas de sal por litro, quando o limite aceitável é de um grama por litro) e garantir a rega a cerca de 10 mil hectares.

Aquando da sua construção levantou críticas na região, com ambientalistas e autarcas, como o de Benavente, a considerarem-no uma ameaça às condições hidrológicas e à fauna local e a fazerem chegar o assunto ao Governo.

Segundo o presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), desde a criação do açude que a autarquia deu conta às autoridades competentes das preocupações ambientais que pudessem resultar do corte do rio, tendo o município colocado um técnico em permanência a monitorizar possíveis efeitos negativos na fauna ou na flora o que, adiantou, "em termos visíveis, não sucedeu".

Carlos Coutinho adverte, no entanto, que em situações futuras deve ser feito o acompanhamento da intervenção com estudos ambientais para que não se provoquem danos no meio ambiente.

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