Sociedade | 09-09-2019 15:00

Mais casas na Quinta da Graciosa geram reclamações

Mais casas na Quinta da Graciosa geram reclamações

Cinco cidadãos pronunciaram-se contra durante a discussão pública de alteração ao loteamento.

Cinco moradores do Sobralinho apresentaram contestações no âmbito da consulta pública realizada a propósito de uma proposta de alteração do loteamento da Quinta da Graciosa, um local com identidade histórica da vila e que prevê a construção de mais 12 novas moradias num lote actualmente ao abandono.

A obra tem dividido opiniões na vila e a Câmara de Vila Franca de Xira garante que tem estado em conversações com os promotores da obra para tentar salvaguardar algum do património existente no local, que não está classificado nem em vias de classificação. No local funcionou uma das maiores quintas agrícolas do concelho, há décadas desactivada e ao abandono.

Os moradores que participaram na discussão pública do projecto defendem que a antiga quinta devia ser preservada e utilizada como hortas urbanas e não com mais construções. Alertam para lugares de estacionamento em falta e ausência de transportes públicos, posto médico, supermercados e jardins-de-infância. Nas suas observações os moradores avisam também para a proximidade – cerca de 750 metros – de uma antiga pedreira, local de alegado risco geotécnico.

Urbanização ficou por concluir

A urbanização da Quinta da Graciosa, queixa-se quem ali vive, ficou inacabada, com passeios, arruamentos e zonas verdes por concluir. “A construção de novas moradias vai implicar maiores condicionamentos de trânsito e dificuldade de estacionamentos”, critica outro morador na sua participação.

Os serviços municipais evocam que o eventual interesse histórico da quinta não está confirmado, não consta como imóvel histórico e por isso não existe base legal para determinar a sua manutenção, embora o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), garanta que não está prevista qualquer demolição do património existente mas sim a preservação da sua memória.

Na resposta aos moradores a câmara explica que a proposta do urbanizador contempla mais estacionamentos que o previsto no regulamento do Plano Director Municipal (2 lugares no interior de cada moradia acrescidos de 20 por cento para estacionamento público) num total de 22 lugares no interior das moradias e 24 nos arruamentos.

Sobre a proximidade à pedreira os serviços limitam-se a dizer que a proposta foi instruída com estudo de risco geológico e que o mesmo não apresenta riscos. António Oliveira, vice-presidente do município, lembra que o espaço é urbanizável à luz do PDM e que o processo não está concluído, tendo ainda que ir a reunião de câmara a proposta final da operação de loteamento.

Mas a CDU e o Bloco de Esquerda já vincaram a sua posição votando contra a proposta de alteração ao loteamento.

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