O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), considerou na última semana que o Estado e em particular o Governo deverá ser mais activo na defesa do meio ambiente e, em especial, dos rios Tejo e Sorraia.

Aqueles dois cursos de água são fundamentais para a rega das culturas das lezírias ribatejanas e têm sido afectados nos últimos meses por condições preocupantes que podem colocar em causa a sustentabilidade futura da agricultura, incluindo elevados níveis de salinidade e pragas de jacintos.

“Temos problemas variados e o Estado tem de ter uma atitude mais presente com vista à defesa das matérias ambientais”, defendeu, em resposta a um documento que recebeu da associação PróTejo a propósito de diversas preocupações envolvendo o rio Tejo, incluindo o aproveitamento hidráulico das águas. “É um documento extenso que refere a necessidade de termos algumas preocupações sobre o modo como as barragens podem ou não ser feitas”, explica.

O autarca já pediu um parecer sobre o documento à Associação dos Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, que no início do Verão foi obrigada a criar uma barragem improvisada no rio Sorraia, com autorização da Agência Portuguesa do Ambiente, para poder ter água doce em quantidade suficiente para assegurar a rega das culturas.