Sociedade | 16-09-2019 12:54

Hoje assinala-se o Dia Mundial para a Preservação da Camada de Ozono

Hoje assinala-se o Dia Mundial para a Preservação da Camada de Ozono
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Emissões dos gases mais poluentes baixaram entre 1990 e 2017 na União Europeia e em Portugal. Cicatrização completa da camada de ozono deverá acontecer entre 2050 e 2060.

O objectivo do Dia Mundial para a Preservação da Camada do Ozono é alertar para as consequências da destruição deste escudo gasoso frágil, que protege a terra das radiações ultravioleta, procurando soluções que o permitam proteger e eliminando a utilização dos produtos responsáveis pela sua destruição. Este foi o objectivo traçado a 16 de Setembro de 1987, aquando da assinatura do Protocolo de Montreal por cerca de 150 países. A data foi criada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em Dezembro de 1994.

De acordo com a Quercus, os químicos sintéticos denominados por CFC (clorofluorocarbonetos), usados em aerossóis, produtos de refrigeração dos electrodomésticos (por exemplo frigoríficos e arcas congeladoras) ou aparelhos de ar condicionado, solventes ou na produção de espuma rígida utilizada no enchimento de electrodomésticos (espuma de poliuretano), são os produtos na origem da destruição da camada de ozono.

Com uma capacidade de sobrevivência entre 50 a 100 anos, estes gases têm influência na camada de ozono, mas o seu efeito está a diminuir e a camada a recuperar. Investigadores indicam que uma cicatrização completa deverá acontecer entre 2050 e 2060.

Após a assinatura do Protocolo de Montreal cada um dos 150 países se comprometeu a baixar a emissão de gases poluentes. Em Portugal, os HFC (hidrofluorcarbonetos) foram substituídos por CFC, nos novos produtos colocados no mercado, e para dar resposta aos equipamentos fora de uso, foram criadas Entidades Gestoras com o intuito de assegurar o correcto encaminhamento dos resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos para destinos licenciados e preparados para separar os componentes perigosos para a camada do ozono, garantindo-lhe um destino seguro.

Segundo dados do Eurostat, as emissões dos gases mais poluentes baixaram entre 1990 e 2017 na União Europeia (UE) e em Portugal, com destaque para o óxido de enxofre (SOx), que registou uma quebra para cerca de metade.

Dados divulgados hoje pelo gabinete estatístico europeu mostram que entre 1990 e 2017, as emissões de óxido de enxofre (SOx) na UE passaram de 5,42 mil toneladas para 2,3 mil toneladas, com Portugal a apresentar uma redução acima da média europeia: de 108 mil para 47 mil toneladas.

No que respeita ao óxido de nitrogénio (NOx), na UE as emissões desceram de 10,5 mil toneladas em 1990 para 7,5 mil toneladas em 2017, tendo Portugal acompanhado a tendência em baixa (de 220 mil toneladas para 159 mil).

A menor quebra na média da UE registou-se nas emissões de amoníaco (NH3), de 3,976 mil para 3,953 mil toneladas, com Portugal a registar uma baixa de 60 mil para 57 mil toneladas.

O MIRANTE ouviu professores de estudo do meio e ciências da natureza desde o 1º ciclo do ensino básico até ao secundário para perceber como é abordado este tema nas nossas escolas e se a solução para o problema pode estar nas novas gerações. Contamos-lhe tudo numa próxima edição em papel.

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