Sociedade | 07-10-2019 10:00

Obras na estrada entre Santarém e Alcanede ficam aquém do desejado

Município disponível para apoiar eventuais alterações ao projecto.

As há muito ambicionadas obras na Estrada Nacional 362 entre Santarém e Alcanede já se encontram em curso mas a intervenção, da responsabilidade da empresa pública Infraestruturas de Portugal, não agrada a cem por cento à Câmara Municipal de Santarém. Em causa está sobretudo o facto de a empreitada não prever a correcção do traçado, nomeadamente no troço entre Tremês e Aldeia da Ribeira, eliminando a série de curvas que ali existem.

O vereador José Augusto Santos questionou o presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), na última reunião do executivo, perguntando-lhe qual era a sua percepção sobre as obras na zona de Aldeia da Ribeira. O autarca socialista considera que se podia fazer mais e melhor e que a empreitada nos moldes em que está a ser executada hipoteca o futuro por mais umas décadas. Acrescentou que não seria muito complicado corrigir o traçado, nem que o município tivesse que ajudar nas despesas.

Ricardo Gonçalves comungou da ideia que a intervenção sabe a pouco, como aliás já tinha alertado anteriormente, referindo que aquando da visita do então ministro, Pedro Marques, a Alcanede, no ano passado, deixou claro que a autarquia estava disponível para apoiar caso as obras fossem mais além do que o previsto. Nomeadamente com correcção do traçado na zona de Aldeia da Ribeira.

O presidente do município lembrou que a adjudicação da empreitada ficou cerca de 800 mil euros abaixo do valor base do concurso e que essa verba podia ser usada para melhorias e trabalhos que não estão previstos, como o alargamento de uma ponte e correcção do traçado. E acrescentou que essas sugestões foram transmitidas atempadamente à Infraestruturas de Portugal na esperança de que as mesmas fossem tidas em conta no projecto. “Lamentos que na Infraestruturas de Portugal não tenham tido em consideração aquilo que fomos dizendo”, concluiu Ricardo Gonçalves.

Na sessão da assembleia municipal de 28 de Setembro, o presidente da União de Freguesias de Azóia de Cima e Tremês, Luís Mena Esteves, manifestou a sua indignação com o projecto, nomeadamente por não contemplar arranjos de passeios e valetas em zonas urbanas, como é o caso da vila de Tremês. “Preocupa-nos a segurança das pessoas no seu dia-a-dia”, referiu o autarca.

A empreitada de beneficiação da EN362 vai ser realizada num troço com cerca de 21 quilómetros entre a rotunda da fábrica Font Salem, em Santarém, e Alcanede, estrada por onde passam diariamente uma média de 3.650 veículos, sete por cento dos quais pesados. A obra vai ter um custo estimado de 2,5 milhões de euros e conta com um prazo de execução de 210 dias.

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