Sociedade | 10-11-2019 10:00

Nova direcção enfrenta situação difícil no Juventude da Castanheira

Nova direcção enfrenta situação difícil no Juventude da Castanheira

Ano e meio de contas do Juventude da Castanheira desapareceram devido a um alegado problema informático, mas sabe-se que em 2017 o clube devia 402 mil euros.

Ainda não há explicação para o alegado problema informático que fez desaparecer um ano e meio de contas do Juventude da Castanheira, mas sabe-se que não se tratou de um ataque informático. O relatório de contas referente a 2018 devia ter sido apresentado até 31 de Março deste ano, de acordo com a lei, algo que não foi possível, porque a associação para além de ter perdido o acesso aos ficheiros, não tinha cópias de segurança. Esta situação vai também complicar a vida da nova direcção, eleita no dia 31 de Outubro, em assembleia-geral que contou com a presença de 60 sócios.

O novo presidente da colectividade de Castanheira do Ribatejo, Paulo Torrão, diz saber que não existiu qualquer ataque informático apesar de, tal como o anterior presidente, Mário Nuno Duarte, não saber exactamente que tipo de problema ocorreu nos computadores da sede da associação. Em 2017 a dívida da associação ascendia aos 402 mil euros.

Paulo Torrão, além de ter como objectivo desenvolver desportiva e socialmente o clube, vai ter como principal prioridade para este mandato escrutinar as contas da associação. Para isso, diz ter na direcção três elementos ligados à área financeira com competência para o fazer. “Não vamos à procura de nada em particular, mas sabemos que há alguma desorganização nas contas”, afirma, acrescentando que espera poder contar com a colaboração da anterior direcção. No caso de vir a encontrar irregularidades garante que cumprirá a lei e as denunciará às entidades competentes.

Sobre o trabalho da anterior direcção, Paulo Torrão diz: “Não podemos dizer de uma forma assumida que confiamos na gestão [anterior]. Só depois de as contas estarem fechadas é que vamos perceber o que foi feito”. Para Pedro Castelo, que ocupa o cargo de secretário-geral, até prova em contrário, não há razões para desconfiar que as contas possam estar minadas de ilegalidades.

O Juventude “está num estado de agonia que é preocupante”, em parte relacionado com uma gestão que “não tem acompanhado as necessidades básicas do clube”, afirma Paulo Torrão, dando como exemplos a perda de escalões no futebol e a falta de um professor para treinar a equipa de ginástica acrobática.

Também o pavilhão desportivo, que realça ser um dos melhores do concelho de Vila Franca de Xira, apresenta carências significativas. “Os painéis solares estão danificados, a ventilação não funciona e não há água quente para que as equipas possam tomar banho depois dos treinos” - situação que já dura há mais de um ano - e que “não foi resolvida porque não há condições financeiras”, diz Paulo Torrão.

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