Sociedade | 30-11-2019 21:29

Industriais sugerem que maus cheiros de Alcanena resultam de descargas ilegais na rede de esgotos

Comunicado da APIC surge após a câmara decidir apresentar queixa no Ministério Público.

A Associação Portuguesa dos Industriais de Curtumes APIC, tornou público um comunicado que diz ter por objectivo, "repor a verdade das notícias das últimas semanas acerca da situação ambiental no concelho de Alcanena" e sugere que descargas ilegais na rede de esgotos feita por alguém de fora do concelho poderão estar na origem do problema.

No comunicado, divulgado através de uma página de publicidade no semanário Expresso deste sábado, é feito um resumo da actuação da Associação "Quem somos, o que fazemos, como o fazemos" e, a propósito dos maus cheiros que se fizeram sentir em Alcanena nos últimos meses é referido que tal não aconteceu, entre 2017 e até à concessão da gestão da ETAR à empresa municipal AQUANENA, em Julho de 2019.

"No final de Agosto de 2019 tivemos uma nova vaga de maus cheiros, porquê? O mais fácil foi apontar o dedo à indústria de curtumes em geral num período de férias com menus caudal a circular na rede de colectores.", é referido.

E outras questões são colocadas, como; "Não deveria estar a AQUANENA precavida para uma situação desta natureza? Terá sido falta de experiência da nova entidade? Poderá ter sido algum industrial prevaricador em período de férias? ou alguma descarga fora do município e da indústria de curtumes?"

Para justificar a última pergunta a APIC coloca mais perguntas. "A verdade é que têm sido vistos camiões cisterna a circularem pelas redondezas de Alcanena sujos e a cheirar mal. De onde vêm e para onde vão? Será que descarregam em alguma fábrica desactivada? Ou abrindo as tampas dos colectores em algum ponto da rede?".

Na parte final do comunicado, a Associação Portuguesa de Industriais de Curtumes dá a sua opinião sobre o que devem fazer os industriais, o município, a população, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a AQUANENA e a AUSTRA (entidade que antes tinha a concessão da ETAR) e disponibiliza-se para trabalhar em conjunto numa solução dos problemas.

O comunicado surge após o executivo municipal, liderado por Fernanda Asseiceira (PS), ter aprovado, no dia 18, a apresentação de uma queixa-crime contra desconhecidos por causa dos maus cheiros na vila.

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