Sociedade | 14-12-2019 15:00

Vila Franca de Xira pressiona Estado para eliminar passagens de nível perigosas

Carro abalroado junto ao Sobralinho relançou discussão sobre o tema.

Há três passagens de nível sem guarda no concelho de Vila Franca de Xira que podem matar quem não for cuidadoso e por isso o presidente daquele município, Alberto Mesquita (PS), diz que é chegado o tempo de colocar o problema na ordem do dia.

O debate sobre a perigosidade destas estruturas voltou à discussão da comunidade depois de um automóvel ligeiro de passageiros ter sido abalroado no dia 19 de Outubro numa passagem de nível na zona do Sobralinho. O carro avariou no meio da linha e como não havia gente suficiente na zona para ajudar a retirá-lo não sobrou outra hipótese aos ocupantes senão abandoná-lo e salvarem-se. Não houve feridos mas o carro ficou totalmente destruído depois de ter sofrido o embate do comboio e a circulação na linha ficou interrompida durante mais de duas horas.

“Chegou o momento de voltar a este tema e pressionar quem de direito para o resolver. Esta é uma responsabilidade do Estado mas se não nos metermos nisto nada acontece. Há um plano nacional de fecho de passagens de nível, com mais de três mil, mas se calhar muito poucas foram encerradas”, criticou Alberto Mesquita na última semana.

Uma dessas passagens de nível sem guarda, junto ao cais de Vila Franca de Xira, é mortífera, como O MIRANTE tem noticiado: 28 mortos em 12 anos. “Já acertámos a metodologia de relocalização dessa passagem de nível e as coisas estão a avançar. Acreditamos que para o ano estará resolvido”, informou o autarca. A perspectiva é passar essa travessia para a zona próxima da praça de toiros da cidade.

Sobre a passagem junto à Argibay, no Sobralinho, o problema só poderá ter solução com uma passagem superior, que já esteve planeada no âmbito de uma operação de loteamento para o local mas que nunca viu a luz do dia porque a urbanização nunca avançou. “Outra forma de resolver será através da requalificação da zona ribeirinha entre Alverca e o Sobralinho, que prevê uma passagem superior nessa zona. Vamos ver como as coisas evoluem. Mas a Infraestruturas de Portugal terá de assumir a sua quota de responsabilidade”, alertou Alberto Mesquita.

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