Sociedade | 28-12-2019 10:00

Unidade de produção de electricidade através de biomassa vai arrancar na Chamusca

Unidade de produção de electricidade através de biomassa vai arrancar na Chamusca

Fábrica no Eco Parque do Relvão, na freguesia de Carregueira, está quase pronta e vem resolver um problema de escoamento dos restos da floresta e jardins contribuindo para eficiência energética.

A Chamusca vai ter uma unidade de produção de energia eléctrica através da biomassa florestal. A fábrica está quase pronta e deve começar a operar no primeiro trimestre do próximo ano de 2020. A Termogreen é a primeira unidade do género a operar no mercado livre de electricidade, não tendo para o efeito qualquer benefício ou subsídio na produção de energia, que vai ser introduzida na rede. As instalações, no Ecoparque, na Carregueira, estão quase prontas e os equipamentos já estão montados.

A Termogreen surge também como uma solução para as matérias lenhosas e de restos de jardins, já que na zona não há uma unidade para o seu aproveitamento. A fábrica tem uma capacidade para, funcionando em pleno, processar cerca de trinta mil toneladas de materiais resultantes de podas e limpezas da floresta. A localização no Eco Parque do Relvão foi a principal premissa logo que o projecto se iniciou, pelas condições do parque, pela capacidade da EDP em fazer a ligação à rede e pelo facto de esta ser uma zona de muita floresta.

Este é um projecto de Diamantino Duarte, administrador da Resitejo, e do empresário Vítor Raposo, que apostaram numa ideia tendo em conta a dificuldade dos produtores florestais em escoarem a biomassa. A unidade pode, no futuro, ter um papel ainda mais importante no eco parque. Se este vier a constituir-se como uma comunidade energética, a Termogreen tem condições para abastecer o próprio parque empresarial, tornando-o auto-suficiente em electricidade.

A empresa vai ter vinte postos de trabalho directos, mas estima-se que vai criar outros paralelamente. Esta unidade é um dos maiores investimentos dos últimos tempos na Chamusca. Ao todo são nove milhões de euros, dos quais cerca de cinco milhões são financiados pelo PO SEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos. Diamantino Duarte destaca o facto de esta ser a primeira empresa do género no país a não ter prémios pela produção de energia.

O projecto começou em 2016, com muita papelada, planos e reuniões, mas a instalação da unidade só avançou quando todas as condições estavam garantidas, como o financiamento. Já tem as licenças necessárias, faltando apenas o licenciamento camarário para laborar. A construção começou em Janeiro. Neste momento, dizem os investidores, estão a ser feitos contactos com organizações de produtores florestais e em Janeiro inicia-se já a formação profissional dos chefes de turno.

A empresa tem todas as condições ambientais e a mais moderna tecnologia internacional. Metade dos postos de trabalho são ocupados por técnicos altamente qualificados. Para a instalação contribuiu a colaboração da Câmara da Chamusca, realça Diamantino Duarte, que desbloqueou o terreno, por direito de superfície durante 25 anos. O contrato de utilização do terreno estabelece que a Termogreen pague à autarquia uma renda em função do volume de negócios. A empresa vai trabalhar 24 horas por dia, todos os dias da semana.

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