Sociedade | 24-02-2020 20:00

Sede da Junta de Freguesia de Vialonga não tem capacidade de resposta

Sede da Junta de Freguesia de Vialonga não tem capacidade de resposta

Além da falta de acessos para pessoas com mobilidade reduzida o edifício não tem salas suficientes, os balneários são minúsculos e as oficinas funcionam num espaço emprestado por um popular.

A Junta de Freguesia de Vialonga continua a funcionar num espaço que já não tem capacidade de responder com qualidade aos utentes nem aos trabalhadores que ali desempenham funções. O próprio gabinete do presidente da junta está transformado em sala de reuniões e arrecadação improvisada. “Chegámos ao limite”, lamenta José António Gomes (CDU), presidente daquela freguesia que tem 21 mil habitantes.

A questão é antiga e há muitos anos que os apelos são feitos à Câmara de Vila Franca de Xira para que seja encontrada uma alternativa que resolva o problema, mas os passos dados nesse sentido sabem a pouco e não têm surgido soluções.

O presidente do município, Alberto Mesquita (PS), já havia explicado em reunião de câmara, realizada precisamente em Vialonga, que uma das ideias passa pela aquisição do espaço vizinho à junta, propriedade da Casa do Povo de Vialonga. Mas a complicar a situação está o facto do pavilhão daquela associação ter voltado a ter actividade desportiva recentemente. O autarca reconhece que resolver o problema das instalações da junta deve ser uma prioridade, estando em análise soluções que possam ser implementadas.

Situada na Rua Professor Egas Moniz, no centro da vila, a sede da freguesia é pequena para todas as necessidades forçando as empregadas a ter as secretárias coladas umas às outras. Os balneários são pequenos e não há espaço para todos os cacifos. Nos balneários das senhoras só há espaço para uma pessoa tomar banho e duas pessoas no balneário masculino. Quem não conseguir vaga tem de tomar banho em casa.

“Quando hoje recebemos uma pessoa em cadeira de rodas temos de fazer o atendimento na rua, faça chuva ou faça sol”, lamenta José António Gomes. O orçamento da junta, que ronda os 800 mil euros por ano, é insuficiente para as despesas correntes e não sobra nada que permita investir na aquisição de novas instalações. Uma das grandes preocupações é o pátio da junta, que funciona num terreno cedido por um morador mas que, de um momento para o outro, pode ter de ser desocupado.

“Felizmente temos uma pessoa em Vialonga que nos cede aquele espaço mas quando um dia quiserem o terreno de volta não sei o que será da junta. Guardamos lá tudo, desde as viaturas aos palcos, lonas, cimentos e areias”, alerta o presidente da junta.

José António Gomes confessa que a situação é um “beco sem saída” e pede uma solução ao município. “O que eu pergunto é como é que numa câmara que tem um saldo de gerência de 25 milhões de euros é possível termos uma junta de freguesia assim”, lamenta.

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