O presidente da Câmara do Sardoal, Miguel Borges (PSD), considera que a criação de um aeroporto civil na antiga base aérea de Tancos seria benéfica para a região e para o país mas considera que a luta e a sensibilização para criar um Terminal 3 do aeroporto da Portela nessa zona já aparece com mais de um ano de atraso. “Mais vale tarde do que nunca e devemos continuar a insistir nesta hipótese que é um grande factor de desenvolvimento da nossa região, mas já deveríamos ter começado a lutar pelo aeroporto em Tancos há mais tempo”, referiu Miguel Borges na última reunião de câmara.

O autarca defende que aproveitar a base militar de Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha, pode criar uma nova centralidade em termos de desenvolvimento económico, com criação de postos de trabalho, criação de empresas em torno desse equipamento em vez de deslocalizar as empresas para outras regiões do país.

Miguel Borges deu a sua opinião durante a apresentação e discussão da moção aprovada pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT). Essa posição defende o aeródromo de Tancos como infra-estrutura aeronáutica essencial para a região do Médio Tejo e para o interior do país.

A moção da CIMT propõe que seja realizada a recolha de estudos realizados no passado para a implementação de um aeroporto regional civil-militar. O documento vai ser enviado para apreciação das comunidades intermunicipais de proximidade regional (Lezíria do Tejo, Beiras e Alto Alentejo) assim como a todos os municípios da região.

A CIMT vai empenhar-se junto da administração central para a realização, “quanto antes”, de estudos para a criação de remodelação ou construção de novas infra-estruturas tendo em vista o “desenvolvimento da região e da coesão nacional contribuindo assim para atenuar assimetrias de desenvolvimento nas zonas de baixa densidade e tão anunciadas publicamente pelo poder político nacional”, pode ler-se na moção.