Sociedade | 29-05-2020 11:41

Cartaxo lamenta situação de ruptura financeira e destaca recuperação desde 2013

Cartaxo lamenta situação de ruptura financeira e destaca recuperação desde 2013

Lamentando que o Cartaxo seja notícia pelas piores razões, Pedro Ribeiro decidiu esclarecer os cartaxeiros sobre a evolução das contas municipais.

A Câmara do Cartaxo lamentou a ruptura financeira registada em 2019, segundo dados do Conselho de Finanças Públicas (CFP), defendendo que, no entanto, a situação financeira e económica melhorou desde Outubro de 2013. A situação financeira e económica do município hoje é melhor do que aquela que encontrámos em Outubro de 2013 e é fruto de um grande esforço e espírito de sacrifício”, declarou o presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Pedro Ribeiro, reagindo aos dados do relatório sobre a "Evolução Orçamental da Administração Local 2019", divulgado pelo CFP, que indicam que o município estava em ruptura financeira.

Eleito pelo PS, Pedro Ribeiro tomou posse como presidente da Câmara do Cartaxo em Outubro de 2013, sucedendo aos socialistas Paulo Caldas e Paulo Varanda, que lideraram o executivo no mandato 2009-2013.

Lamentando que o Cartaxo seja notícia pelas piores razões, Pedro Ribeiro, reeleito para o mandato 2017-2021, decidiu “esclarecer os munícipes, de forma transparente e clara”, sobre a evolução das contas municipais de acordo com os dados provisórios relativos à prestação de contas do ano de 2019, indicando que mostram melhorias “significativas”.

Entre os dados destacados pelo município está o prazo médio de pagamentos, que diminuiu em oito dias. Com a Câmara do Cartaxo a demorar, no final de 2019, em média, 23 dias a pagar aos fornecedores, “quando em 2018 demorava 31 dias”, revelou a autarquia, adiantando que, no final do ano de 2013, este indicador correspondia a 373 dias, o que representa uma diferença de 350 dias, que tem um grande impacto na gestão financeira dos fornecedores.

O município do Cartaxo encerrou o ano de 2019 sem pagamentos em atraso”, avançou o executivo socialista, apontando que o valor deste indicador foi de 147.204 euros em 2018, chegando aos 21,9 milhões de euros entre Dezembro de 2013 e Dezembro de 2018.

Em relação às contas a pagar, os dados indicam que diminuiu 248.294 euros, isto porque o montante era de 118.765 euros em 2019 e em período homólogo o valor atingia os 367.059 euros.

O endividamento municipal reduziu 1.873.735 euros, sendo que o rácio de endividamento passou de 4,08 em 31 de Dezembro de 2018 para o valor de 3,85 em 2019”, avançou a Câmara Municipal do Cartaxo.

Quanto ao grau de execução da receita orçamental, o município indicou que foi de 88,27%, ou seja, um valor acima do imposto na Lei das Finanças Locais, de 85%, adiantando que o investimento (despesa de capital) aumentou 73,7% comparativamente ao período homólogo de 2018.

Para o presidente da Câmara do Cartaxo, estes indicadores revelam que o trabalho do actual executivo “já obteve resultados concretos”, ressalvando que é preciso “continuar a trabalhar no mesmo sentido”.

Quando tomou posse do executivo camarário, Pedro Ribeiro diz que se deparou “com uma situação de emergência, com salários em risco, com fornecimentos de serviços como a energia eléctrica em risco, com fornecedores com pagamentos em atraso há muitos anos”.

Em sintonia com as palavras do presidente, o vice-presidente da Câmara Municipal do Cartaxo e responsável pelo pelouro de Gestão e Finanças, Fernando Amorim, referiu que os resultados financeiros já obtidos têm “importantes repercussões, não apenas no equilíbrio financeiro do município, mas também na vida de todos os munícipes”.

Para os autarcas, os resultados das contas de 2019 reforçam a confiança de que o trabalho do executivo está no caminho certo.

De acordo com o relatório sobre a "Evolução Orçamental da Administração Local 2019", divulgado a 14 de Maio, com base em dados ainda provisórios, Cartaxo, Fornos de Algodres e Vila Real de Santo António mantiveram a situação de ruptura financeira em que já se encontravam no ano anterior.

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