Sociedade | 24-06-2020 07:00

Novo abrigo para taxistas divide população em Alhandra

Novo abrigo para taxistas divide população em Alhandra

Árvores na avenida Afonso de Albuquerque têm dividido opiniões e há quem considere que é precisa uma requalificação completa daquela artéria.

O abate de duas árvores na Avenida Afonso de Albuquerque em Alhandra para construir um abrigo para a praça de táxis tem gerado polémica. O objectivo da obra é construir um abrigo de 25 metros para os taxistas não ficarem dentro do carro à chapa do sol enquanto aguardam pela chegada de clientes.

Mas o caso tem gerado polémica na localidade e dividido opiniões: de um lado os taxistas, que continuam a defender que o melhor local para estarem é no centro da vila e não junto à linha de comboio. Do outro a junta de freguesia, que não os quer no centro e preferiu pedir à câmara que lhes construísse um abrigo no local onde estão, mas onde o projecto do munícipio implica o abate de duas árvores para ser concretizado. E, a finalizar, estão alguns moradores que não querem que as duas árvores sejam cortadas e acusam a câmara de estar a realizar um atentado ambiental. Num problema onde o consenso entre todas as partes parece impossível a única certeza é que os trabalhos estão, para já, suspensos.

A obra arrancou na última semana mas parou poucos minutos depois quando vários moradores se abraçaram às árvores e não deixaram as equipas proceder ao corte. “Estas árvores não têm futuro e só têm dado problemas, com algerozes entupidos e alergias. E obriga sempre as equipas do caminho de ferro a andar junto delas a fazer podas radicais para não baterem nas catenárias. Já deviam ser abatidas e trocadas por outras”, defende Emanuel Serafim, que vive naquela rua há mais de quarenta anos.

Francisco Silva, um dos cinco taxistas da praça, também tem a opinião de que as árvores estão doentes. “Basta olhar para elas”, diz.

O problema da localização da praça de táxis de Alhandra não é novo. O anterior executivo chegou a prometer a estes profissionais a mudança para a zona central da vila, que fica mais perto do mercado e do centro de saúde, mas o actual executivo sempre foi contra. “Aqui não existe nada e estamos desfasados do centro, estamos longe do mercado e do centro de saúde. Se estivéssemos no centro de Alhandra as coisas eram diferentes”, conta.

* Notícia desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE

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