Trabalhadores da distribuição dos CTT de Rio Maior em greve de cinco dias
Termina a 10 de Julho a greve dos trabalhadores do centro de distribuição que reivindica contratações urgentes.
Trabalhadores do centro de distribuição dos CTT em Rio Maior iniciaram esta segunda-feira, 6 de Julho, uma greve de cinco dias, reivindicando a contratação urgente de mais pessoas para poder fazer face “à má qualidade de serviço”.
Em declarações à agência Lusa, Dina Serrenho, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT), revelou que a situação se arrasta há mais de um ano, salientando que é necessário cumprir a entrega de correspondência com qualidade.
“Neste momento, estamos com menos sete trabalhadores, precisamos urgentemente deles para que os padrões de qualidade possam ser cumpridos junto da população”, realçou, referindo que a empresa tem andado “a fazer ouvidos moucos” e não resolve o problema.
O centro de distribuição dos CTT – Correios de Portugal em Rio Maior tem 15 trabalhadores e a paralisação decorre até ao dia 10, para chamar a atenção para a qualidade do serviço, que “está a ser muito má”, segundo Dina Serrenho.
“É a gota de água, porque nem sequer para substituição de férias vai haver contratados. Isto é inadmissível”, disse a dirigente, lembrando que este ano já foram realizados quatro plenários, em que saíram quatro resoluções a pedir mais contratações.
O sindicato alertou ainda para a convocação de quatro trabalhadores para assegurar serviços mínimos através de SMS (mensagem de telemóvel), acusando a empresa de pressão.
“Não percebemos o porquê desta pressão, não percebemos o porquê de, num domingo à tarde, os trabalhadores serem pressionados, através de SMS, para virem trabalhar”, acusou, indicando que os serviços mínimos decretados não estão a ser cumpridos, porque o serviço está a entregar exclusivamente ‘express mail’ (correio expresso) e não vales e registos de organismos oficiais.
Numa resposta enviada à agência Lusa, os CTT revelaram que têm conhecimento da greve e que vão procurar assegurar a entrega do correio prioritário e a qualidade do tráfego de encomendas expresso.
“Os CTT admitem que podem existir alguns constrangimentos no que diz respeito à distribuição e tudo farão, como sempre fazem, para minimizar o impacto nos clientes”, pode ler-se na nota, sublinhando que os Correios “respeitam o direito à greve dos trabalhadores da empresa”.
Esta segunda-feira, pelas 10h00, os trabalhadores do centro de distribuição dos CTT de Rio Maior reuniram-se com o presidente do município, Luís Filipe Dias, que ficou de dialogar com a administração dos CTT.
“Explicámos ao senhor presidente os nossos problemas, as nossas preocupações, o que é que nos levava a fazer esta greve… Inteirou-se da situação e ficou de chegar à administração da empresa a preocupação, também da câmara, relativamente à má qualidade de serviço que está a ser prestado aos munícipes”, disse Dina Serrenho.