A Câmara de Tomar aprovou uma proposta que prevê que os trabalhadores mais velhos possam reformar-se antecipadamente. O vice-presidente do município, Hugo Cristóvão (PS), disse em sessão camarária que esta é uma medida económica e social sobretudo no sector operacional. “Temos muitos funcionários com muitos anos de serviço a fazerem trabalhos que já são considerados pesados para eles”, afirmou o autarca.

Em Setembro do ano passado a presidente da Câmara de Tomar afirmou a O MIRANTE que defende um programa de reformas antecipadas na administração local que permita aos trabalhadores mais velhos negociarem a sua saída sem penalizações. Anabela Freitas (PS) reforçou que o seu município tem cerca de meio milhar de funcionários sendo que a grande maioria tem entre 55 e 65 anos.

“O quadro de pessoal da Câmara de Tomar dispõe de formação para um conjunto de competências que eram exigidas às autarquias há 25 anos. Hoje temos muito mais competências e há algumas pessoas que não têm capacidade para fazer o que é pedido”, admitiu Anabela Freitas.

A autarca acrescentou que nenhuma empresa privada com a estrutura orçamental do município seria viável uma vez que 55% do orçamento do município de Tomar é absorvido pelos vencimentos dos recursos humanos e ainda pela despesa fixa mensal. “O que estão a pedir às autarquias, actualmente, em matéria de competências não tem nada a ver com competências que os trabalhadores têm. Temos uma rigidez muito grande na despesa do município”, reforçou.